Encontro realizado no sábado (30/8) foi o terceiro a debater o substitutivo do relator Vespoli. Foto: André Bueno / CMSP
MARGARETE RAPUSSI
DA WEB RÁDIO CÂMARA
A erradicação do analfabetismo no ensino médio e na EJA (Educação de Jovens e Adultos), além de mecanismos voltados à profissionalização dos alunos, foram temas polêmicos debatidos durante a terceira audiência pública que discutiu o PME (Plano Municipal de Educação), realizada neste sábado (30/8), na Câmara Municipal de São Paulo.
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A professora Maria Clara di Pierro, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) ,considerou a audiência complexa, pois tratou de três temas sensíveis para a população da capital. No final, a educadora avaliou o encontro como construtivo.
Tratamos bastante da Educação de Jovens e Adultos porque o nosso município tem ainda um contingente muito numeroso de analfabetos absolutos, de jovens e adultos com baixa escolaridade, comentou a especialista, que ainda listou os pontos que em sua opinião precisam mudar na política municipal para essa modalidade educacional.
Nós tratamos da necessidade de ter um censo específico, ter uma chamada pública efetiva para que os jovens e adultos venham às escolas, de flexibilizar e melhorar o sistema de matrícula, descentralizando a matrícula nas próprias escolas, afirmou Maria Clara.
O relator do projeto, vereador Toninho Vespoli (PSOL), apontou para a necessidade de pensar mais sobre a inclusão de pessoas com deficiência na EJA. Ele também avalia que as discussões estão se encaminhando para a formulação de um projeto mais conciso.
Ter uma coisa um pouco mais concisa, porque assim talvez a gente não se perca em tantas estratégias. Você pulveriza de um jeito que não dá para ter tudo em um grau de importância do mesmo nível. Então, sobre isso, a gente tá percebendo um certo apelo, afirmou Vespoli.
O presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, vereador Reis (PT), avaliou de forma positiva os depoimentos em mais uma audiência pública sobre o Plano Municipal de Educação.
Essas audiências têm essa finalidade de ouvir a sociedade civil pra ir calibrando o texto do relator. Esses temas precisam ser debatidos, e aqui hoje os participantes trouxeram suas preocupações, avaliou Reis.
O PME terá ainda mais três audiências em setembro. O objetivo é ouvir a população, especialistas, entidades e educadores para melhorar a educação pública na cidade de São Paulo.
(01/09/2014 – 13h07)