Pragas em árvores

Os integrantes da Comissão Extraordinária Permanente do Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo ouviram nesta quinta-feira (26/06) esclarecimentos do pesquisador científico Marcos Roberto Potenza, do Instituto Biológico, em do Renier Marcos Rotermund, do Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depave). Os dois trataram das pragas urbanas que atacam a arborização da cidade e da falta de condições existentes em São Paulo para o desenvolvimento das árvores.

 Depois de ouvirmos todas as áreas que atuam no setor vamos redigir um relatório que será enviado ao prefeito Gilberto Kassab para que ele possa tomar as devidas providências, pensando no futuro, disse o vereador Floriano Pesaro (PSDB), presidente da comissão.

 Pesaro destacou que a comissão está trabalhando com muita seriedade, ouvindo todos os técnicos que cuidam da parte de planejamento, manutenção das árvores e dos parques na cidade de São Paulo.

 Isso é fruto de uma demanda imensa que a Casa recebe todos os dias com relação a podas, de árvores doentes, da demora do Poder Público em agir com relação a esses temas. Em virtude disso resolvemos na Comissão do Meio Ambiente tornar isso uma prioridade neste semestre, um estudo profundo do plano de manutenção e podas de árvores na cidade, avaliar a situação em que se encontram as árvores e, mais do que isso, avaliar a situação em que se encontra o Poder Público para fazer frente a enorme demanda a partir do plantio que a cidade vem tendo, já que a Secretaria do Verde e Meio Ambiente pretende plantar quase 800 mil novas árvores na cidade nos próximos quatro anos e, por isso, é importante que tenhamos um plano de manutenção, afirmou Pesaro. 

Já o representante do Depave explicou que é preciso conciliar a presença da árvore com o resto da infraestrutura da cidade. A impermeabilização do solo é prejudicial, pois se tem menos disponibilidade de água, não permite a troca gasosa das raízes, de transpiração e respiração. Pois ao se selar completamente o solo cria-se uma condição insalubre que prejudica o desenvolvimento das áreas, minando a saúde delas, destacou Rotermund. 

Potenza, do Instituto Biológico, fez uma explanação a respeito das pragas que atacam as árvores da cidade, como brocas, formiga carpinteiras e cupins. Ele destacou, no entanto, que uma árvore atacada por cupins não significa que ela irá cair, pois existem meios de tratamento, permitindo que ela floreça. 

Participaram da reunião os seguintes vereadores: Floriano Pesaro (PSDB), Agnaldo Timóteo (PR), Sandra Tadeu (DEM), Ítalo Cardoso (PT) e José Police Neto (PSDB).