Em coletiva nesta segunda-feira (17/12), o prefeito Bruno Covas anunciou o cronograma das obras definitivas de recuperação do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. A um custo estimado de R$ 30 milhões, o trecho deverá ser liberado em maio de 2019, segundo previsão da Prefeitura.
De acordo com Covas, a recuperação foi a melhor opção, por ser mais rápida e representar menor custo aos cofres públicos. “O prazo para fazer a demolição e construir um novo viaduto seria algo em torno de dois anos e meio, com expectativa de gastos de cerca de R$ 70 milhões”, afirmou o prefeito.
O laudo da prefeitura apontou duas causas para o rompimento da estrutura – a fadiga do concreto, que não suportou o peso dos veículos, e defeitos não visíveis, que não poderiam ser analisados pelos técnicos em vistorias regulares.
Segundo o secretário municipal de Serviços e Obras, Vitor Aly, houve a ruptura na parte intermediária da viga, o que, segundo os engenheiros, é chamado de processo de flexocompressão. “Vamos remover o concreto comprometido e reconstituir a laje de fundo. Depois vamos reforçar com fibras de carbono. E, na parte superior, faremos a mesma coisa. Antes haverá uma injeção de resina e o reforço com lâmina de carbono”, explicou Aly.
Nos próximos cinco meses, a empresa responsável pela obra, contratada em caráter emergencial, trabalhará na reforma dos dois pilares, no reparo da viga atingida pelo acidente e também no tabuleiro da estrutura, a parte central da estrutura comprometida.
CRONOGRAMA – Além da recuperação emergencial, também foi anunciado um cronograma de recuperação e manutenção dos 185 viadutos e pontes do Município. A definição das prioridades foi feita em conjunto com o SINAECO (Sindicato Nacional de Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva). Entre as pontes escolhidas, estão as do Limão, Tatuapé e Casa Verde.
Na primeira etapa, serão contratadas empresas que irão desenvolver laudos e projetos estruturais para 33 pontes e viadutos. Na etapa seguinte, serão vistoriados 40 pontes e viadutos que fazem parte de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado pela Prefeitura e o Ministério Público Estadual, em 2007. O TAC exige o cumprimento de um cronograma de obras de manutenção.
Por último, serão vistoriadas outras 70 pontes sob a responsabilidade do Município, além da finalização de laudos estruturais dos túneis.
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL – A revisão do Código de Obras da cidade de São Paulo foi aprovada pela Câmara em 2016. O Projeto de Lei (PL) 466/2015 determina o que deve ser respeitado na elaboração de projetos arquitetônicos na capital e ajudou a modernizar o licenciamento das construções, tornando-as mais simples e desburocratizadas.