Em coletiva de imprensa, concedida no início da tarde desta sexta-feira (20/3) no Palácio dos Bandeirantes, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou decreto de estado de calamidade para o município.
“Seguindo a linha de trabalho em conjunto da Prefeitura de São Paulo e governo do Estado de São Paulo, também no Diário Oficial de amanhã, nós teremos o decreto assinado por mim de reconhecimento de situação de calamidade pública na cidade de São Paulo. Isso permite ao governo municipal uma série de agilidades para tomar decisões e efetivar as decisões tomadas pelo secretariado que tem se reunido diariamente e tomar as medidas cabíveis”, acrescentou.
Durante a coletiva, o governador João Dória também anunciou o decreto estado de calamidade pública para o estado de São Paulo.
Ao lado do governador, em seu pronunciamento, Bruno Covas falou sobre as atuais restrições e ações de isolamento para tentar barrar o avanço dos casos de contaminação do COVID-19, o novo coronavírus, na cidade de São Paulo.
Entre as novas medidas anunciadas está o fechamento dos 107 parques municipais, por recomendação da Vigilância Sanitária. A proibição começa neste sábado (21/3).
Covas ainda comunicou que serão implantadas novas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) no município. “Atualmente são 505 unidades, vamos implantar 490 novos leitos na rede municipal de saúde”, comentou.
Alguns equipamentos públicos serão transformados em hospitais de campanha, como o estádio do Pacaembu (região central), que será adaptado e receberá 200 leitos para atender casos de menor complexidade. Outros 1800 leitos serão instalados no complexo do Anhembi, em Santana, zona norte da capital.
Durante a semana já havia sido definido pela Prefeitura a antecipação do recesso escolar de julho, que ocorrerá entre os dias 23 de março e 09 de abril. A medida vale para estudantes, professores, Auxiliares de Desenvolvimento Infantil, Auxiliares de Vida Escolar, estagiários e Instrutores e Intérpretes de Libras. Ao todo, a medida alcança mais de 1 milhão de alunos e 80 mil educadores, distribuídos em mais de quatro mil escolas.
Governo Federal
O Senado aprovou nesta sexta-feira (20/3), por unanimidade, o Projeto de Decreto Legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no país em razão da pandemia de coronavírus.
A análise do projeto foi remota, realizada sem a presença dos senadores no plenário. Esta foi a primeira votação do tipo em 196 anos de história da Casa Legislativa.