Na tarde desta segunda-feira (14/5), a Prefeitura de São Paulo convocou uma coletiva de imprensa para anunciar dados e também algumas medidas em relação aos desabrigados do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no último dia 1º maio. Estavam presentes o prefeito em exercício de São Paulo, Milton Leite (DEM), o secretário de Habitação, Fernando Chucre, o secretário de Segurança Urbana, José Roberto, o secretário, em exercício, de Assistência e Desenvolvimento Social, José Castro, o secretário municipal das Prefeituras Regionais, Marcos Penido, o presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Milton Persoli e o prefeito Regional da Sé, Eduardo Odloak.
O secretário de Habitação, Fernando Chucre, apresentou alguns dados em relação aos moradores do edifício Wilton Paes de Almeida e fez um balanço dos atendimentos feitos aos desabrigados. Das 171 famílias cadastradas no prédio, pela Cehab (Central de Habitação de São Paulo), um mês antes do acidente, 144 já foram inscritas para receber o auxílio-moradia pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do Governo do Estado, pelo período de 12 meses, sendo R$1.200 no primeiro mês e R$400 a partir do segundo. Após esse período, no 13º mês, a Prefeitura assumirá o pagamento mensal do valor de R$ 400.
De acordo com Leite, o município continuará pagando o auxílio-aluguel às famílias, que residiam no prédio que desabou, até o atendimento definitivo da Secretaria Municipal de Habitação. “O governo municipal tomou esta posição com bastante clareza e transparência. Nossa preocupação atual é dar publicidade a estas medidas para que não gerem dúvidas, principalmente, para famílias que residiam naquele edifício”, afirmou o prefeito em exercício.
Os números referentes aos atendimentos sociais feitos às vítimas do incêndio foram repassados pelo secretário em exercício de Assistência e Desenvolvimento Social, José Castro. De acordo com ele, desde o acidente até esta segunda-feira (14/5) a SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) havia contabilizado 773 pernoites em equipamentos sociais, principalmente no abrigo emergencial localizado embaixo do Viaduto Pedroso, no Centro. O espaço possui acesso a banho, alimentação e informações sobre possibilidades de atendimento na rede socioassistencial da Prefeitura.
“É importante destacar que boa parte das famílias que foram afetadas pelo incêndio já não estão mais no Largo do Paissandu e a Secretaria vem disponibilizando transporte 24 horas para levar quem tiver interesse até os equipamentos sociais e abrigos”, disse Castro.
O secretário também aproveitou para fazer um pedido. Ele orientou que quem deseja fazer doações às famílias que ainda estão no Largo do Paissandu deve entrar em contato com a Cruz Vermelha Brasileira, localizada na avenida Moreira Guimarães, 699, no bairro de Indianópolis. Lá é realizada uma triagem e logo depois estas doações são disponibilizadas para as famílias afetadas. Ainda de acordo com o secretário, levar doações diretamente para o Largo do Paissandu só estimula pessoas que não estão ligadas a tragédia a permanecer naquele local.
Logo em seguida, Milton Leite, recebeu o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir assuntos relacionados a conjuntura política nacional e questões de interesse da cidade de São Paulo que tramitam no Congresso Nacional.