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Prefeitura de SP flexibiliza regras para realização de velórios na pandemia

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

5 de novembro de 2021 - 18:34

A Prefeitura de São Paulo anunciou que o limite de pessoas em salas de velório e o tempo máximo de 1 hora de cerimônia foram revogados. A nova regra passa a valer a partir desta sexta-feira (5/11). As medidas de contenção da pandemia permanecem, como o uso obrigatório de máscaras, a disponibilização de álcool em gel e lixeiras nas salas de cerimônia, bem como a disposição da urna em local aberto ou ventilado e a proibição do consumo de comidas e bebidas no local.

Deve-se também evitar a presença de pessoas que pertencem ao grupo de risco para o agravamento da Covid-19 ou que apresentem sintomas respiratórios como tosse, espirro ou coriza. O número de pessoas presentes nos velórios também deverá respeitar a capacidade máxima do local da cerimônia.

A nova regulamentação é válida tanto para os velórios municipais, sob gestão do Serviço Funerário do Município de São Paulo, quanto para os cemitérios e velórios particulares. A medida tem como base a queda no número de óbitos e a evolução do cronograma de vacinação. Como informado pela Secretaria da Saúde, no dia 1º de novembro, o município registrou apenas uma morte por decorrência da Covid-19 e prevê dias sem ocorrência.

Nos casos de morte em decorrência da contaminação por Covid-19, permanece a restrição da realização de velório durante o período de transmissão da doença, que é de 20 dias do diagnóstico. Sendo assim, o funeral será realizado com a urna fechada durante todo o tempo e sem qualquer contato com o corpo do falecido.

Para os casos de óbito fora do período de contaminação, ou seja, transcorridos 20 dias ou mais do diagnóstico e devidamente atestado por Declaração Médica, a realização do velório é permitida, seguindo as medidas de segurança.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta sexta-feira (5/11), a capital paulista totalizava 38.810 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.538.472 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta sexta (5/11), é de 33,5%.

Na última quinta-feira (4/11), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

Segundo Boletim VigVac, produzido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Bahia, com base em dados até 25 de outubro, mais de 14 milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra Covid-19 em atraso de mais de 15 dias. A informação foi divulgada nesta quinta (4/11).

Os pesquisadores ressaltam que o número de pessoas com a dose em atraso de mais de 15 dias duplicou, entre 25 de setembro e 25 de outubro, saltando de cerca de 7 milhões para 14.097.777. Cerca de metade dos atrasados já deveria ter tomado a segunda dose há mais de 30 dias e 14% deles já perderam o prazo há mais de 90 dias.

A análise levou em conta apenas atrasos de mais de 15 dias por considerar o tempo de entrada das informações na RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde ) e por entender que um tempo curto de atraso pode ocorrer por motivos de dificuldade de agendamento e indisponibilidade das pessoas para se vacinarem. Além disso, os pesquisadores ponderam que o risco individual não é elevado em um intervalo relativamente curto de demora na conclusão do esquema vacinal.

Entre as vacinas utilizadas no Brasil, AstraZeneca, Coronavac e Pfizer requerem a aplicação da segunda dose para que a imunização seja considerada completa. O número de atrasos para a AstraZeneca é de 6.739.561; Coronavac, 4.800.920; e Pfizer, 2.557.296. Os dados do atraso na segunda dose podem ser consultados em um painel mantido pela Fiocruz Bahia.

Os pesquisadores alertam que o atraso diagnosticado no sistema de informações do Ministério da Saúde pode ser justificado por diferentes razões, como a própria demora em buscar a segunda dose, a lentidão para registro na base de dados, o esgotamento e a sobrecarga das equipes de gestão, vigilância e atenção à saúde, a disseminação de notícias falsas sobre a imunização, a falta de estoque de reserva de imunizantes e mortalidade, dentre outros.

Ações e Atitudes

Alterações de memória recente e confusão mental estão entre as sequelas neurológicas mais comuns da Covid-19, de acordo com experimentos com hamsters conduzidos na USP (Universidade de São Paulo). Os testes podem ajudar a entender como esses sintomas surgem e talvez até indicar um caminho para combatê-los.

A pesquisa foi conduzida com os animais vivos e também com astrócitos isolados do sistema nervoso central dos roedores e cultivados in vitro. Os resultados sugerem que a infecção pelo SARS-CoV-2 acelera o metabolismo dessas células nervosas e aumenta o consumo de moléculas usadas na geração de energia, como a glicose e o aminoácido glutamina.

O grande problema é que a glutamina também é importante para a síntese de glutamato – o principal neurotransmissor envolvido na comunicação entre neurônios –, que aparentemente fica prejudicada. Nos animais, a presença do vírus e alterações no nível de proteínas relacionadas com o metabolismo energético foram observadas no hipocampo (região do cérebro fundamental para a consolidação da memória e para o aprendizado) e no córtex (também importante para a memória, a cognição e a linguagem).

O projeto contou com a colaboração de grupos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e e recebeu apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio de seis projetos. Os resultados preliminares foram divulgados no repositório bioRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta sexta-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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