A Prefeitura pretende aumentar em 62% os investimentos na cidade de São Paulo em 2014. De acordo com a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leda Paulani, esses gastos devem chegar a R$ 11,2 bilhões em 2014, em um orçamento total que supera R$ 50 bilhões. Por investimento, entende-se a criação de novos equipamentos e programas, tudo o que não é manutenção da estrutura atual da Prefeitura.
Esse aumento decorre justamente do esforço para conseguir recursos, na sua grande maioria, por meio de parcerias com o Governo Federal, em especial via PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), explicou Leda, em audiência pública realizada na Câmara nesta quarta-feira (23/10).
O restante do orçamento é dividido em pessoal e encargos (R$ 16,37 bilhões), juros e amortização da dívida (R$ 4,67 bilhões) e despesas correntes (R$ 18 bilhões).
Sobre a dívida do município com a União, o secretário de Finanças, Marcos Cruz, disse que sua renegociação está sendo discutida no Congresso Nacional. Entretanto, ele explicou, os maiores benefícios dessa medida, caso ela seja aprovada, virão a longo prazo: Temos uma dívida de R$ 54 bilhões para ser paga até 2030 e cidade não conseguirá pagá-la. A mudança não abre espaço no curto prazo, mas permite que a prefeitura passe a ser solvente e permita novas captações, completou.
Entre as áreas que mais recebem recursos, Leda Paulani destacou o aumento de investimentos em saúde em 25,7%, enquanto o orçamento em geral cresceu 20%. Isso mostra o esforço dessa gestão de melhorar universalidade dos serviços de saúde. A secretária também destacou o setor de transportes e urbanismo, com a arrecadação prevista por meio de operações urbanas.
PPA
Na apresentação do Plano Plurianual, que estabelece os investimentos da cidade entre os anos de 2014 e 2017, Leda sublinhou a metodologia escolhida pela pasta. Segundo ela, houve um enorme esforço em apresentar o PPA regionalizado, com o detalhe do que vai ser feito em cada distrito.
Fizemos um enorme esforço para correr atrás da informação. Na ação construção de CEIs, por exemplo, está indicada a especificação, o que permitiu fazer essa regionalização. A conclusão desse trabalho, segundo Leda, foi a visão que subprefeituras mais distantes, com maiores índices de vulnerabilidade, receberão maiores volumes de investimento. MBoi Mirim, Capela do Socorro, São Mateus e Campo Limpo serão as maiores contempladas pelos programas da Prefeitura.
(23/10/2013 – 14h15)