O saguão da Prefeitura de São Paulo recebe a partir de segunda-feira (14/03) a exposição “Holocausto Nunca Mais”, uma mostra cujo objetivo é estimular a educação e a tolerância. Serão 52 painéis com fotos, textos e documentos que retratam os campos de concentração nazistas durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
De acordo com o vereador Floriano Pesaro (PSDB) autor da iniciativa em parceria com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e a Sherit Hapleitá (Associação dos Sobreviventes do Nazismo) do Brasil , a memória é parte integrante da identidade do povo judeu e elemento fundamental de sua continuidade.
A memória é o que pode salvar a humanidade. Esta exposição, localizada no coração de São Paulo, tem esse papel: de alertar e de não deixar esquecer, comentou Pesaro, autor da Lei 15.059, que instituiu no calendário oficial da cidade o dia 27 de janeiro como o Dia em Memória às Vítimas do Holocausto.
Para o presidente da Sherit Hapleitá, Ben Abraham um dos sobreviventes de Auschwitz, campo de concentração e extermínio mantido pela Alemanha nazista , “é importante realizar eventos para não deixar essa história se perder”. “Tinha 14 anos quando fui preso. Trabalhei como escravo até o final da Guerra. Quando fui solto, pesava 28 quilos e estava muito doente”, relembra Abraham. Segundo ele, sua família tinha cerca de 100 pessoas e, além dele, sobreviveram apenas um tio e dois primos.
Para Ben Abraham, as pessoas devem sempre aprender com o passado para viver o presente e enfrentar o futuro com cabeça erguida. Cabe aos jovens este trágico legado para que nunca se permita que o Holocausto aconteça de novo, concluiu ele, que mora no Brasil desde 1955.
Serviço
A exposição será realizada de 14 de março a 1º de abril, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h. A Prefeitura de São Paulo está localizada no Viaduto do Chá, s/nº, Centro de São Paulo.