Os vereadores da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa) deram parecer favorável ao Projeto de Lei (PL) 643/2015, que prevê a criação do ‘Prêmio PAGU’, em apoio e manutenção de grupos ou coletivos de trabalho continuado de pesquisa e produção cultural em artes cênicas (teatro, dança, música e circo) na cidade de São Paulo.
A proposta do PL, que é de autoria dos vereadores Alfredinho (PT) e José Police Neto (PSD), estipula que pelo menos 70 grupos ou coletivos sejam beneficiados. O Festival PAGU, de acordo com a ementa do projeto, ocorrerá entre 10 de janeiro e 28 de fevereiro de cada ano e contará com apresentações artísticas gratuitas de pelo menos 350 movimentos culturais.
Alfredinho explicou que a ideia é garantir os recursos já para o próximo ano. “Eles querem que seja garantido no orçamento da própria secretaria esse gasto anual, parecido com a garantia de fomento a cultura. Se conseguirmos votar ainda esse ano, os recursos poderão ser garantidos já para o próximo ano”, afirmou.
Pagu era o codinome de Patrícia Rehder Galvão, que foi uma escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista, jornalista e militante política que ganhou destaque no movimento modernista iniciado em 1922, embora não tivesse participado da Semana de Arte Moderna, tendo na época apenas doze anos de idade. Militante comunista, Pagu foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas e morreu em 1962, aos 52 anos.