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Presença de médico é mais importante que equipamento, diz especialista

17 de março de 2014 - 16:48

Na última semana, mais uma leva de médicos provenientes do exterior chegou ao Brasil para trabalhar em cidades do nordeste e do leste de Minas Gerais. Eles fazem parte do Programa Mais Médicos, uma iniciativa do governo federal que visa compensar a falta de médicos em algumas regiões do país.

O programa tem recebido críticas de vários setores da sociedade, inclusive dos médicos, que têm como um dos principais questionamentos a falta de estrutura para se trabalhar. O médico David Braga Júnior, consultor de entidades como a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde, acredita que a presença de um médico nas cidades menores é imprescindível e mais importante do que os equipamentos médicos.

Medicina se faz com uma coisa muito simples em termos de ferramentas, mas o que é indispensável é a atenção, o cuidado e a dedicação. Fora as emergências, o resto pode ser feito com cuidado, calma e até em outro local. Além disso, com o estabelecimento do médicos em uma região, você pode montar estruturas itinerantes de procedimento diagnóstico ou até de tratamento. É perfeitamente factível realizar uma cirurgia de catarata dentro de um contêiner, por exemplo.

Braga ainda salienta que cerca de 4.000 municípios do país não possuem médicos para atender e ouvir a população, e a chegada de um profissional provoca uma revolução nesses locais. Confio plenamente que esses médicos sejam competentes e experientes. Eles trazem um conhecimento que no Brasil não é muito aplicado, o da humanização das práticas de saúde, que consiste basicamente em entender o entorno do paciente para depois tratá-lo.

O consultor manifestou preocupação com a resistência do Conselho Federal de Medicina ao programa. Para mim, o órgão deveria sentar-se com o poder Executivo para encontrar soluções, afirma.

Atualmente são 1.650 profissionais trabalhando em todo o país pelo programa e 2.775 estão em fase de treinamento. A maioria dos médicos vem de países como Bolívia, Peru, Colômbia e Cuba. No município de São Paulo há 117 profissionais espalhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da periferia.

No dia 24/2, a prefeitura de São Paulo protocolou o Projeto de Lei (PL) 64/2014, que concede uma bolsa complementar de R$ 3.230 aos contratados do Mais Médicos. O objetivo é que o custeio da moradia, da alimentação e do transporte seja feito pelo executivo municipal, desburocratizando o repasse. (Rafael Carneiro da Cunha)

(17/03/2014 17h)

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