O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (UNIÃO), representou o Legislativo na assinatura de contratos da Prefeitura com 30 cooperativas de coleta seletiva e reciclagem habilitadas, na manhã desta segunda-feira (13/11). “A coleta seletiva é um avanço na qualidade do tratamento do lixo”, ressaltou o parlamentar se referindo ao serviço ambiental prestado à cidade.
A solenidade aconteceu com a presença do prefeito Ricardo Nunes (MDB), secretariado e cooperados na central mecanizada de triagem Carolina Maria de Jesus da Usina Piratininga, zona sul da cidade. O vereador Milton Leite destacou a participação da Câmara nas pautas mais sensíveis da capital, ao fazer um balanço das atividades da última semana.
“Instalamos as comissões da Sabesp e da Enel em tempo recorde, onde ouvimos autoridades importantes para dar respostas à sociedade, principalmente na questão da energia elétrica. Estamos em parceria com a Prefeitura para que a empresa, que se omitiu das ações, pague, principalmente pelos estragos causados às comunidades mais carentes, que perderam seus equipamentos e alimentos”, pontuou.
O prefeito Ricardo Nunes afirmou que os contratos assinados com as cooperativas de reciclagem vão garantir mais emprego e renda. Das 30 cooperativas com contratos assinados, 20 foram renovadas e 10 novas foram incorporadas na parceria para beneficiar os resíduos sólidos coletados na coleta seletiva pública, dos caminhões verdes da Ecourbis e Loga.
“Eram 20 cooperativas e agora a gente passa para 30 ajudando na questão do meio ambiente. Quando a gente faz a coleta seletiva com os nossos caminhões, trazemos para os nossos cooperados para que o setor fique mais forte e tenha mais receita”, explicou o prefeito.
Outro benefício trazido com a assinatura do contrato é a Prefeitura oferecer às cooperativas o local de beneficiamento do material. Das 30 cooperativas parceiras, 14 estão em terreno da Prefeitura, que também paga pelo aluguel de outras 14, pois apenas duas têm imóvel próprio.
No entanto, para que a parceria seja celebrada é necessário organizar o setor e prover toda a documentação, que algumas cooperativas ainda não possuem. É para inserir novas cooperativas em futuros contratos que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho atua na incubação desses coletivos, como detalhou a secretária Aline Cardoso.
“Nós temos dois tipos de relação das cooperativas de reciclagem com a Prefeitura: as habilitadas que é um sistema que já existia, nós tínhamos 20 e passamos para 30 e agora nós criamos essa categoria das incubadas. A habilitada tem benefícios, ela pode ter um imóvel cedido, aluguel, contas de água e de luz pagos, além do resíduo. Mas para isso, ela precisa atender a um chamamento público, que exige etapas burocráticas para se beneficiar do recurso público. Acontece que nem todas as cooperativas estão com a documentação em dia, por isso criamos a categoria das incubadas para prepará-las, atuar na regulamentação e profissionalização delas”, explicou Aline, revelando que o objetivo é chegar a 60 cooperativas contratadas.
O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ravena, anunciou que a Prefeitura está estudando estender o pagamento por serviços ambientais às cooperativas de reciclagem, tal como acontece com os agricultores que trocaram o cultivo convencional com defensivos pela agricultura orgânica. “Estamos estudando para que o próximo edital seja voltado à quem faz o serviço de coleta seletiva, de economia circular na coleta e separação dos resíduos que impactam diretamente o meio ambiente da cidade”, resumiu.
A central mecanizada de triagem Carolina Maria de Jesus, onde foi celebrada a assinatura dos contratos, é operada pela Coopercaps (Cooperativa de Trabalho, Produção, Coleta, Triagem e Beneficiamento de materiais Recicláveis da Capela do Socorro). O diretor presidente, Telines Basilio, mais conhecido como Carioca, comemorou a parceria.
“A Coopercaps é gerenciadora das duas centrais mecanizadas de triagem. Essa que é a Carolina Maria de Jesus e a Ponte Pequena. Juntas nós comercializamos algo em torno de 1.500 toneladas ao mês, se contarmos o rejeito passa de 2 mil toneladas processadas mensalmente. Geramos em torno de 180 vagas diretas de trabalho e ter essa parceria da Prefeitura com locais salubres, faz com que a gente aumente cada vez mais nosso número de postos de trabalho, gerando emprego e renda e dando visibilidade aos invisíveis”, ponderou Carioca.
A diretora financeira da Coopercaps, Carolina Carreiro, explicou que os sócio-cooperados entram na cooperativa por uma cota de adesão e recebem pela hora trabalhada. “Após a comercialização, a gente acerta as despesas e é rateada a hora igual para todo mundo. Quanto mais material reciclável chegar nessas unidades, maior o número de material processado e mais pessoas a gente consegue colocar na planta”, disse.
Também prestigiaram a cerimônia de assinatura e conheceram a central mecanizada de triagem, os vereadores Sansão Pereira (REPUBLICANOS), Janaína Lima (MDB), Dr. Nunes Peixeiro(MDB) e Beto do Social (PSDB).