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Presidente da Siemens fala sobre denúncia de cartel no Metrô

10 de outubro de 2013 - 15:04

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Luiz França/CMSP
CPI-TRANSPORTES-10102013-FRANCA-01699-72_ABRE-

A Siemens está disposta a ressarcir os cofres públicos, caso comprovado o superfaturamento e a formação de cartel nos serviços prestados ao governo do Estado. A afirmação, feita pelo presidente da empresa no Brasil, Paulo Ricardo Stark, em reunião da CPI do Transporte Coletivo nesta quinta-feira (10/10).

A Siemens entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) documentos apontando formação de cartel e outras irregularidades em contratos com o Metrô de São Paulo, como fornecimento de trens, eletrificação e manutenção de linhas.

A empresa possui ainda contratos com o Metrô e com a CPTM, posteriores ao período investigado pelo Cade (2000 a 2007). O órgão, juntamente com o Ministério Público, está analisando a acusação. Stark disse que a investigação em curso impede que ele dê mais informações.

Segundo Stark, ainda não é possível dizer se houve superfaturamento nos valores dos contratos e em qual valor. Nas nossas investigações internas não fomos capazes de detectar e dimensionar dano. Entretanto, ele afirmou que a empresa poderá fazer acordo com o governo do Estado e até com a Prefeitura.Na Alemanha e nos Estados Unidos, onde a empresa foi acusada de corrupção, houve ressarcimento em valores que ultrapassam R$ 3 bilhões.

CPI-TRANSPORTES-10102013-FRANCA-01708-72_ABRE-O vereador Adilson Amadeu (PTB), sugeriu que a Siemens não aguardasse a decisão judicial para fazer o acordo. Se os senhores se adiantassem, a população ia apreciar o gesto transparente, afirmou. Milton Leite (DEM) disse que, embora a empresa tenha sido louvável em levar a denúncia ao Cade, ela não pode esquecer que os paulistanos foram “saqueados”.

O depoimento de Stark não satisfez os membros da CPI. Responderam de forma evasiva, como se não fosse nada, disse Leite. Para a relatora, Edir Salles (PSD), o presidente da Siemens e outros funcionários da empresa não contribuíram com os trabalhos.  Eles estão induzindo a CPI a erro, acusou Edir Sales.

Ouça trecho da CPI:

 


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(10/10/2013 – 11h47 – atualizad às 13h55)

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