A necessidade de garantir o financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde) foi discutida nesta segunda-feira (16/10) na Câmara Municipal de São Paulo em uma reunião promovida pela Frente Democrática em Defesa do SUS e do vereador Natalini (PV). De acordo com os participantes, a crise econômica do País teve um grande impacto no repasse de verbas para essa política.
A falta de recursos para o SUS tem gerado o aumento da fila para consultas e exames e a precariedade no atendimento dos prontos-socorros e hospitais. Para mostrar o problema para a população, os participantes foram até a frente da Câmara e soltaram mil balões em forma de protesto.
O diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Paulo Carrara de Castro, considerou importante o ato.“A crise econômica abalou o sistema. Para melhorar a gestão de serviços, precisamos de investimentos. Mas não temos”, disse Castro.
O presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, chamou a atenção para a importância do SUS e a necessidade de os governos Municipal, Estadual e Federal debaterem o tema. “É preciso ter uma fonte estável de receita para o SUS e os governantes precisam ter o sistema como prioridade para criar uma boa gestão e saber aplicar esses recursos”, argumentou.
O secretário municipal de Saúde de Campinas (SP), Carmino Antonio de Souza, participou do debate e detalhou a situação nas cidades. “Os municípios estão investindo muito para manter a gestão plena, sendo que alguns serviços são de responsabilidade dos governos Estadual e Federal. Outro problema é a judicialização da saúde, que vem comprometendo uma fatia significativa do Orçamento dos municípios. O Brasil é democrático e deveria blindar o SUS com algum tipo de norma legal”, afirmou.
O vereador Natalini (PV) considerou importante o debate. “Estamos em um momento de resistência contra o desmonte do SUS no Brasil. Vamos fazer um documento com todos os problemas e encaminhá-lo para deputados, senadores e para o governo Federal. Do jeito que está vindo, daqui a pouco não teremos mais SUS. Não vamos deixar isso acontecer”, disse.
Bacana.