Dezenas de pais de crianças participantes do Clube Escola, programa da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação, compareceram nesta segunda-feira a uma audiência pública na Câmara Municipal para esclarecer denúncias de que a pasta estaria em vias de encerrar a iniciativa.
Segundo o secretário Bebeto Haddad, a possibilidade de o programa acabar “está fora de cogitação”. “O que queremos é aprimorar e ampliar, selecionando melhor as entidades participantes”, explicou. Ele disse ainda que os contratos com as organizações não-governamentais (ONGs) do Clube Escola, que se encerrariam em dezembro, foram prorrogados até maio para que as crianças não fiquem sem atendimento.
Idealizado em 2007, o programa Clube Escola atende a mais de 200 mil crianças e jovens na cidade de São Paulo por meio de atividades esportivas, recreativas e culturais
Apesar das declarações de Haddad, Cristiane Condé Reis, que tem dois filhos atendidos pelo projeto no Clube da Comunidade (CDC) de Santo Amaro, afirmou que lá o programa foi encerrado em novembro sem explicações. “Como o contrato terminava antes, ele não foi estendido como o secretário disse”, detalhou. A mãe elogiou os profissionais que atuam em sua região e iniciativas do Clube Escola como a realização de competições esportivas entre os CDCs.
AUTISTAS
A audiência desta segunda-feira também deu espaço para representantes do Movimento Pró Autista cobrarem políticas públicas específicas para portadores do transtorno. Segundo o vereador Claudio Fonseca (PPS), “esta é uma demanda importante pois as mães sozinhas não conseguem solucionar os problemas, enquanto as políticas públicas têm esse poder”.
Para o vereador, o drama de familiares, que contaram dificuldades em conseguir tratamento e escola para crianças autistas, mostra a necessidade de reforçar o debate na Câmara Municipal. Ele anunciou que a Comissão de Cultura, Esportes e Lazer irá realizar um seminário sobre o tema.
(21/11/2011 – 16h10)