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Parlamentares subiram à tribuna nesta quarta para discutir o Projeto da Comissão da Verdade e parabenizar a Mesa Diretora pela iniciativa de apresentar a matéria na Casa.
Para Eliseu Gabriel (PSB), a Comissão da Verdade ultrapassa a necessidade de resgatar a verdade histórica: é um meio de denunciar a barbaridade da tortura, uma prática ainda comum no país. “Essa comissão não é simplesmente para saber a verdade, é também para dizer que a tortura não pode continuar no Brasil, afirmou.
O vereador Natalini (PV) também usou a tribuna para falar como sua vida pessoal foi afetada pela truculência dos militares. Preso e torturado nos anos de chumbo, ele disse que até sua avó chegou a ser agredida por agentes do regime durante uma investigação. Isso é barbárie. Nenhum ser humano, em sã consciência, pode defender uma coisa dessas, declarou o parlamentar.
“A gente não quer revanchismo. Queremos simplesmente a verdade sobre o que aconteceu com as pessoas, completou Juscelino Gadelha (PSB).
Jamil Murad (PCdoB) ressaltou que para virar essa página da história do país é preciso investigar o que aconteceu no período. Não da para virar uma página quando uma parcela da sociedade se acha acima da lei, quando alguns não querem nem revelar onde estão enterrados os mortos.
Os dois únicos parlamentares a discursarem contra o projeto foram os vereadores Agnaldo Timóteo (PR) e Carlos Apolinário (DEM). Segundo Timóteo, fala-se muito sobre os erros do regime, mas quase nunca suas qualidades são comentadas. Apolinário disse que o projeto trata-se de mais uma bancada eleitoral. Sou a favor da Comissão da Verdade, desde que traga a verdade dos dois lados
(11/04/2012 – 17h49)