São Paulo tem 468 quilômetros de ciclovias, 400 deles criados na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Com essa extensão, a cidade tomou de Bogotá, na Colômbia (467km), o primeiro lugar no ranking da América Latina. Ciclistas e cicloativistas comemoram, mas deixam claro que o número ainda é suficiente. Por outro lado, parte da população é veementemente contrária à implantação de mais trajetos destinados às bikes.
Para tentar encontrar uma solução, o Projeto de Lei (PL) 223/2017 estabelece a alteração da Lei 14.266/2007, que dispõe sobre o Sistema Cicloviário do Município. O vereador João Jorge (PSDB) assina a matéria ao lado de um coletivo de vereadores da Câmara.
O objetivo é criar critérios para a implantação das ciclovias, incluindo as ciclofaixas e faixas compartilhadas (ciclorrotas). Juntas elas elevam a malha para 498 quilômetros na capital paulista.
Além de estudos de demanda e impacto para cada trecho, a proposta prevê a realização de Audiências Públicas para uma discussão mais próxima da sociedade.
Na justificativa, o texto diz que sistema cicloviário paulistano cresceu de forma muito rápida e desordenada, sem levar em conta a logística de ocupação urbana e as atividades econômicas da cidade. Os vereadores apontam para o fato de que, em vários casos, vias comerciais inteiras foram afetadas por ciclovias ou ciclofaixas sem necessidade, por falta de demanda.
Outra crítica é de que não há uma integração efetiva com modais de transporte, como prevê a legislação vigente. Além disso, o documento cita casos denunciados na imprensa onde algumas ciclovias atrapalham ou colocam pedestres e os próprios ciclistas em situação de risco.
Além de João Jorge, o Projeto tem as assinaturas dos vereadores Adriana Ramalho, Aline Cardoso, Aurélio Nomura, Claudinho de Souza, Eduardo Tuma, Fábio Riva, Gilson Barreto, Mário Covas Neto e Quito Formiga. Todos do PSDB.
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