Projeto de lei que altera zoneamento urbano no Butantã é discutido em Audiência Pública

Juvenal Pereira

Aldemir Antônio, coordenador de Planejamento Urbano da Sub. Butantã; Roberto Molin, assessor da Siurb e Ricardo Oliveira Laiza, representando a CET

A 2ª Audiência Pública da Comissão de Constituição e Justiça para discutir o Projeto de Lei 815/07, de autoria do vereador Aurélio Miguel (PR), foi realizada nesta terça feira (25/11), na Câmara Municipal de São Paulo. O projeto propõe a mudança da Zona Estritamente Residencial da Rua Alvarenga, no bairro do Butantã, para uma área de zona mista, onde comércios de baixa comodidade – isto é, não geram grande fluxo de pessoas e veículos- poderiam ser regularizados.

O grande problema que a rua vem enfrentando é o abandono de imóveis, já que o as multas aplicadas ao comércio irregular são muito altas. Marcio Becker é proprietário de uma escola de idiomas localizada na Rua Alvarenga há nove anos. “Eu pago R$ 4 mil por mês de multa. Não é todo mundo que agüenta arcar os prejuízos. Os moradores têm que repensar a situação, pois o comércio é uma forma de valorizar a região”, desabafou.

O vereador Aurélio Miguel, autor do PL, é morador da região e acredita que é necessário trazer o debate para a Câmara. “Nós temos que ouvir a sociedade e encontrar medidas que melhorem a vida da maioria das pessoas”, explicou.

Novo complexo viário

Aproveitando a presença da população na Audiência Pública, representantes da Secretaria de Infra-estrutura Urbana e Obras ( Siurb) e Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) apresentaram um anteprojeto que poderá ser implementado na região com o intuito de fazer uma conexão direta entre e as rodovias Raposo Tavares e Regis Bittencourt à Marginal Pinheiros. Além disso, haverá a chegada da Estação Butantã de Metrô que também trará uma série de modificações ao tráfego da região.

Roberto Molin, assessor técnico da Siurb, explicou que o projeto ainda está sendo discutido e detalhado. “A CET busca soluções pensando no macro e depois o projeto será repensado para que possa ser viabilizado. Temos que entender os impactos e encontrar saídas que tragam benefícios à população”, explicou.

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Juvenal Pereira