O projeto Papel de Gente foi o grande vencedor do Prêmio Betinho de Cidadania 2010. A Salva de Prata foi entregue ao Projeto pela Câmara Municipal de São Paulo na noite desta sexta-feira (13/08). O vereador Jooji Hato (PMDB) presidiu o evento. O objetivo do Prêmio Betinho de Cidadania é reconhecer organizações sem fins lucrativos que desenvolvam trabalhos de enfrentamento da fome, exclusão, miséria e violência Há 15 anos o Projeto Papel de Gente ajuda, por meio do trabalho terapêutico com reciclagem de papel, portadores de transtornos psíquicos a se inserirem socialmente resgatando a dignidade e a condição de cidadão. Além de ser um importante trabalho social, o Projeto ainda preserva a natureza ao reaproveitar o papel.
De acordo com a psicóloga Eliana Tiezzi, presidente do Projeto, 99% dos pacientes vêm da rede pública de saúde. “Atualmente 60 pessoas são atendidas, mas nossa intenção é que esse número chegue a 250 até o meio do ano que vem”, disse. Os atendidos são pacientes e funcionários. “A venda dos produtos sustenta o Projeto e também paga os salários dos pacientes”, explicou a psicóloga.
A entidade Fé e Alegria, que trabalha com fortalecimento da cidadania e transformação de comunidades carentes por meio da educação, foi uma das concorrentes. A diretora do Centro de Taipas, Cristiane Santos Bicalho, falou da importância em se participar da premiação. “ Com esse tipo de ação, a entidade ganha visibilidade e reconhecimento”, disse ela.
Projetos de destaque receberam menções honrosas. Foram eles: Projeto de Capacitação e Inclusão para Jovens Mulheres – da Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (AVAPE); Associação Educacional e Assistencial Casa do Zezinho; Projeto Comunic’arte – Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente; e Um Teto para Meu País
Criado em 1997 pela Resolução nº 13, o Prêmio homenageia o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho (1935-1997), criador da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida.
Além do vereador Jooji Hato, também compuseram a mesa Gustavo Reis, representando a Defensoria Pública; Antônio Everton de Souza, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão de Direitos Humanos; Luis Fernando Camargo de Barros Vidal, Associação Juízes pela Democracia; Isabel Marçal, da ONG Banco de Alimentos; e Vera Villela, da Ação da Cidadania.
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