Os animais têm sido utilizados nos Estados Unidos para tranquilizar viajantes ansiosos ou com medo de avião. No Brasil, a participação dos bichos no tratamento de pacientes também se mostra eficiente.
Segundo a pesquisa “Desenvolvendo a afetividade de idosos institucionalizados através de animais”, elaborada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (Universidade de São Paulo), a zooterapia – tratamento de pessoas por intermédio de animais – trouxe benefícios positivos à qualidade de vida dos idosos.
O assunto ganhou força na Câmara Municipal de São Paulo com a tramitação do Projeto de Lei (PL) 355/2017, do vereador Rinaldi Digilio (PRB), que trata da liberação de animais de estimação em hospitais públicos para visitar pacientes internados. A proposta prevê que os bichos autorizados deverão estar com a vacinação em dia, higienizados com laudo veterinário e atestando a boa condição do animal.
A proposta ainda determina mais regras para que os animais possam entrar nos hospitais. No caso de cães e gatos, eles devem estar em guias presas por coleiras e os hospitais criarão normas e procedimentos próprios para organizar o tempo e o local de permanência dos bichos na visitação.
A justificativa de Digilio defende que um paciente internado pode ter em seu animal de estimação um refúgio de carinho e alegria. Os argumentos trazem a opinião da psicóloga e diretora da Pet Terapeuta, Karina Schtz, que estudou por mais de três anos na Inglaterra e comprovou que o estímulo dos pets em ambientes hospitalares, por exemplo, ajuda não somente o paciente, mas toda a equipe que convive com o animal.
O Projeto de Lei está em tramitação na Câmara e precisa passar pelas Comissões de mérito antes de ser debatido em Plenário pelos vereadores. Se aprovada, a medida segue para sanção ou veto do prefeito João Doria (PSDB).
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