CAROL CÂMARA
DA TV CÂMARA
O promotor Paulo Castilho, do Juizado Especial Criminal foi ouvido pela CPI das Torcidas Organizadas nesta quarta-feira (2/12) e afirmou que houve avanços nos últimos 10 anos.
Segundo ele, a delegacia especializada que investiga todos os crimes relacionados ao futebol, o cadastramento dos integrantes das torcidas organizadas e a implementação do juizado do torcedor foram os principais avanços apontados. Paulo Castilho lembrou que estas ações acabaram com a sensação de impunidade e defendeu ainda o uso de tornozeleiras eletrônicas.
“Nos permitiria pegar aquele torcedor que é violento e que se exaltou e encaminhar imediatamente pro juizado do torcedor. Ele já sairia com a tornozeleira eletrônica sendo afastado das praças esportivas. Esse é o espírito da lei do estatuto do torcedor quando buscou uma pena alternativa pra afastar o torcedor violento nos moldes do que foi feito na Europa, que seria esse banimento temporário porque a pior coisa que tem para um torcedor fanático é não poder ir no estádio de futebol.”
De acordo com Castilho, desde a ampliação do juizado do torcedor, em maio deste ano, não houve grandes confrontos e 110 torcedores já foram processados, afastados, investigados e presos por violência no futebol.
O presidente da CPI, vereador Laercio Benko (PHS) concordou que houve avanços, mas afirmou que os clubes e a Federação Paulista de Futebol também devem ser responsabilizados.
“O que falta, o que nós estamos estagnados, na estaca zero é no tocante da responsabilização por atos de torcidas organizadas dos clubes e da Federação Paulista e Confederação Brasileira de Futebol, que aliás não tem se responsabilizado nem por si mesma, visto os problemas jurídicos que ela tem enfrentado. Então é ai que nós temos que mexer e esse é o nosso grande objetivo nesta CPI”, sinalizou.