Na reunião da Subcomissão de Juventude desta quarta-feira (16/8), vinculada à Comissão de Finanças e Orçamento, o presidente da Fundação Polisaber, Gilberto Alvarez, compartilhou as iniciativas da instituição para ampliar o acesso de jovens ao ensino superior e qualificação profissional.
A entidade privada sem fins econômicos foi fundada em 1987 e já atendeu mais de 190 mil pessoas com cursos de capacitação e preparatórios para o Enem e vestibulares. Os alunos se dividem entre pagantes e de programas gratuitos realizados com convênios, celebrados por empresas e governos, para atender pessoas com deficiência, imigrantes, indígenas, reeducandos do sistema prisional e população negra no edital do Fundo Baobá de promoção da equidade racial.
O cursinho da Poli é um dos pilares da fundação, que prepara estudantes para ingressar no Ensino Superior, em especial nas universidades públicas. Gilberto Alvarez mostrou uma pesquisa para destacar porque é tão importante ampliar esse acesso. “No Brasil, apenas 17% das pessoas acima de 25 anos têm faculdade e recebem de três a quatro vezes mais do que quem não tem Ensino Superior. As universidades públicas de São Paulo, USP, Unicamp e Unesp estão entre as 100 melhores do mundo em qualidade”, ressaltou.
O propósito em conhecer melhor o trabalho da Fundação Polisaber é propor um convênio com a Prefeitura para oferecer cursos nos CEUs (Centros Educacionais Unificados). “Vamos propor para o prefeito Ricardo Nunes levar esses cursinhos preparatórios para Enem e vestibular e de qualificação para os CEUs que estão nas periferias da cidade, onde atualmente não há essa oportunidade”, pontuou o presidente do colegiado, vereador Isac Félix (PL).
“Os CEUs estão onde eles precisam estar e têm estrutura para uma ação local presencial ou híbrida com grande poder de capilaridade”, afirmou o presidente da Fundação Polisaber, ao falar da possibilidade de parceria.
O coordenador da Ação Fundo Territórios Transformadores, projeto que faz parte da ONG United Way Brasil, Nilton Clecio, disse que é importante focar em jovens vulneráveis que estão subnotificados nos dados oficiais. “Temos muitos jovens oriundos de comunidades, em distritos mais distantes do centro com IDH muito baixo como nos extremos da zona leste, zona sul e também na Brasilândia. É importante fomentar a inclusão destes jovens na progressão do estudo, para ampliar a capacidade de renda no futuro deles”, opinou.
Agnes Roldan, do projeto Mude com Elas, enfatizou que devemos conhecer a realidade dos jovens e incluí-los na formulação de políticas voltadas a eles. “É importante a garantia de direitos para a juventude em todas as áreas, não só focando na educação e saúde”, ponderou.
Foi aprovado ainda um requerimento do vereador Isac Félix (PL), para convidar a participante do programa da Prefeitura Meu Trampo, Sara Gabriel, a comparecer na Subcomissão da Juventude para colaborar com o trabalho do colegiado. A reunião também teve a presença do relator, vereador Rinaldi Digilio (UNIÃO), da vereadora Rute Costa (PSDB) e do presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, vereador Jair Tatto (PT).
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