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Quase 80% do público adulto da capital está com esquema vacinal completo contra Covid-19

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

28 de setembro de 2021 - 18:51

A cidade de São Paulo ultrapassou a marca de 7 milhões de segundas doses e doses únicas aplicadas contra a Covid-19 nesta segunda-feira (27/9), imunizando 76,6% de sua população adulta com o esquema vacinal completo.

Até o momento, 10.325.748 de pessoas já receberam a primeira dose e 6.748.952 que também já receberam a segunda dose. Já foram imunizados com dose única 322.441 moradores, totalizando 7.031.393 pessoas que concluíram o ciclo vacinal.

Segundo o boletim Vacinômetro, até a tarde desta segunda-feira, a capital totalizava 17.510.636 doses aplicadas nos munícipes com idade acima dos 18 anos, uma população estimada em 9.230.227 moradores.

Paralelamente, a cidade de São Paulo também contabiliza 799.057 doses aplicadas em adolescentes dos 12 aos 17 anos de idade, o que corresponde a 94,7% da população nesta faixa etária, estimada em 844.073 jovens.

Dose adicional

Desde o dia 3 de setembro, a Secretaria Municipal da Saúde convoca os idosos e adultos imunossuprimidos para o recebimento da dose adicional recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Nesta semana, os idosos com 70 anos ou mais podem ser dirigir a um dos postos da capital, desde que tenham concluído o esquema vacinal primário há mais de seis meses. Até o momento 113.495 pessoas já receberam o reforço vacinal.

Todas as informações sobre a campanha de vacinação contra a Covid-19 na capital podem ser obtidas na página Vacina Sampa.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta segunda (27/9), a capital paulista totalizava 37.971 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.502.202 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta terça (28/9), é de 39,5%.

Já nesta segunda (27/9), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 36%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

A Butanvac, vacina contra a Covid-19 com produção integral no Instituto Butantan, é segura e altamente imunogênica. É o que aponta um artigo publicado na plataforma de preprints MedRxiv com base em estudos preliminares descritos por pesquisadores da Universidade Mahidol, de Bangkok, na Tailândia, da Icahn School of Medicine do Hospital Mount Sinai, de Nova York, e da Universidade do Texas, em Austin, ambas dos Estados Unidos.

O imunizante, que é chamado internacionalmente de NDV-HXP-S, é testado no Vietnã, na Tailândia e no Brasil. De acordo com o estudo, todas as formulações da vacina foram bem toleradas nos voluntários que tomaram duas doses com intervalo de 28 dias. O estudo contou com a participação de 210 voluntários, sendo 82 homens e 128 mulheres com idades entre 18 e 59 anos.

Foram registrados efeitos adversos em menos de um terço dos participantes, sem nenhuma ocorrência grave. Os sintomas mais frequentes foram dor e sensibilidade (mais comuns aos que receberam maior dosagem), além de fadiga, cefaleia e dores musculares.

A fase 1 do ensaio clínico atestou a segurança da vacina e a seleção da dosagem que desperta a melhor resposta no organismo. Os cientistas constataram uma resposta imunológica marcante duas semanas após a aplicação da segunda dose da vacina.

Os testes envolvendo voluntários tiveram diferentes dosagens para avaliar a capacidade de proteção do novo imunizante produzido no Instituto Butantan. Aqueles que receberam a dosagem de um micrograma tiveram concentração média de imunoglobulinas IgG anti-S de 151,7 BAU/ml (unidades de anticorpos de ligação por mililitro).

De forma similar, 14 dias depois da segunda dose, as concentrações de NT50 (título neutralizante a 50%) foram consideráveis. Com base nos resultados do estudo, duas formulações foram selecionadas e devem ser avaliadas na próxima etapa do ensaio clínico, a fase 2.

No Brasil, os ensaios clínicos da Butanvac também já estão em andamento. A etapa A da fase 1 está sendo realizada em Ribeirão Preto, Guaxupé (MG), São Sebastião do Paraíso (MG) e Itamogi (MG). Os trabalhos são conduzidos pelo Instituto Butantan, com apoio do Governo de São Paulo.

Para participar, é preciso ter mais de 18 anos, nunca ter tido Covid-19, não ter sido vacinado contra o SARS-CoV-2, não ser alérgico a ovos e frango e não estar grávida ou ser lactante. Na etapa B, poderão participar inclusive pessoas vacinadas ou que já tenham sido infectadas pelo SARS-CoV-2.

A Butanvac é desenvolvida a partir da inoculação de um vírus modificado da doença de Newcastle que contém a proteína Spike do SARS-CoV-2 estabilizada. Como este vírus infecta aves e é inofensivo em humanos, ele replica muito bem em ovos embrionados de galinhas – mesma tecnologia da vacina contra a influenza (gripe).

Além de ser barata e muito disseminada, essa técnica é uma especialidade do Butantan: o instituto produz anualmente 80 milhões de vacinas da gripe usando ovos. A Butanvac é resultado de um consórcio internacional que envolve a organização PATH Center for Vaccine Innovation and Access, a Icahn School of Medicine no Mount Sinai em Nova York e a Universidade do Texas.

Mais sobre o novo coronavírus 3

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) concluiu, nesta terça (27/9), a produção dos primeiros lotes de pré-validação do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) nacional da vacina contra Covid-19. O insumo passará agora por testes de controle de qualidade no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), para depois ser encaminhado para o processamento final do imunizante. O primeiro lote, finalizado no início de setembro, também está em análise.

Outros dois lotes para a fabricação do IFA nacional para validação do insumo produzido no Brasil estão em produção: um na fase de biorreação – quando as células são infectadas pelo vírus para que o mesmo se multiplique -, e o outro na etapa de expansão celular, quando as células são multiplicadas em meios de cultivo.

Em paralelo, os lotes passam por testes junto à AstraZeneca, que deve confirmar se os resultados obtidos por Bio-Manguinhos estão de acordo com aqueles preconizados pelo cedente da tecnologia. Em seguida, serão submetidas à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), as documentações necessárias para alteração do local de fabricação do IFA no registro da vacina, requisito para a entrega das doses nacionalizadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações).

A previsão da Fiocruz é de que as entregas do imunizante com o IFA nacional comecem a ser realizadas ainda este ano.

Mais sobre o novo coronavírus 4

A Anvisa estuda o pedido de representantes da farmacêutica Pfizer para autorização da aplicação de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 em voluntários que receberam as duas primeiras doses do imunizante há, pelo menos, seis meses. Atualmente, a bula da vacina prevê que cada pessoa receba apenas duas doses.

Se o pedido para alteração da posologia for aprovado, a terceira dose poderá, posteriormente, ser aplicada em todas as pessoas a partir dos 12 anos que tomaram o imunizante.

Em nota, a Anvisa informou ter o prazo de até 30 dias para responder à demanda da farmacêutica, desde que não sejam necessárias adequações ou esclarecimentos técnicos adicionais. Segundo a agência, o estudo clínico que a Pfizer apresentou para subsidiar o pedido contou com a participação de voluntários brasileiros, além de cidadãos dos Estados Unidos e da África do Sul.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta terça-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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