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Reforço na zeladoria e solução para moradores de rua são reivindicações na Sé

7 de novembro de 2015 - 16:43

ROBERTO VIEIRA

Questões ligadas à zeladoria, moradores em situação de rua e usuários de drogas ganharam destaques nos pronunciamentos dos munícipes dos distritos da Sé, Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República e Santa Cecília que foram ao auditório da Universidade Nove de Julho para participarem do Programa “Câmara no seu Bairro”, na manhã deste sábado (7/11).

O último censo indica que cerca de 430 mil habitantes estão no perímetro da subprefeitura da Sé, por onde passam milhões de pessoas diariamente. Por se tratar da região central da cidade, a segurança é há muito tempo, uma pauta recorrente, em todas as gestões.

“A subprefeitura da Sé tem uma característica particular, que é a circulação de pessoas. É uma região mais estruturada do ponto de vista dos serviços públicos como saúde, educação e transporte, mas temos aqui outros temas de impacto muito forte, os moradores de rua, a questão da ‘cracolândia’, a questão da zeladoria, mas é natural que numa cidade tão heterogênea cada lugar tenha sua característica”, pontuou o presidente da Câmara, Antônio Donato (PT).

Fábio Fortes é presidente do CONSEG de Santa Cecília, Campos Elíseos, Barra Funda e Higienópolis e entende que uma das soluções para a problemática do uso de drogas, por exemplo, é buscar uma integração maior das instituições públicas, não apenas no âmbito municipal, mas também estadual e federal.

“Até então o que nós vemos são nomes de programas que não tem eficiência nenhuma. ‘Braços Abertos’ para dependentes químicos, ‘Recomeço’, do governo do Estado, também aqui no centro e onde se concentra dependentes químicos do Brasil inteiro e isso é inaceitável”, afirmou.

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB), ex-subprefeito da Sé, criticou a atual gestão e lembrou algumas ações realizadas no centro da cidade ao longo dos últimos anos.

“Essa é uma das áreas mais importantes da cidade onde foi iniciado um programa de revitalização muito importante já na época do (Mário) Covas, depois com a Marta (Suplicy) quando levou a prefeitura para o centro junto com outras secretarias e com o Serra e o Kassab”, destacou.

Praças

De acordo com Luciano Martins de Farias, presidente do CONSEG Bela Vista, Liberdade e República, as praças da região estão bastante degradas. “A Praça Pérola Byington é um exemplo disso, tem um hotel social na Rua Dona Miquelina que foi transformado em albergue e com isso os moradores de rua, durante o dia, ficam na praça porque o albergue só os atende a noite e a praça deixou de ser dos moradores”, disse.

O incômodo provocado por eventos realizados na Praça Roosevelt também foi lembrado por Eliza Supim, que é vice-presidente da Associação de Moradores da Consolação, a praça virou ‘terra de ninguém’.

“Há muitos eventos autorizados e bacanas que não interferem no direito de sossego dos moradores, mas a esmagadora maioria é de eventos de som muito alto, que ouvimos há duas quadras. Imagina os 2.500 vizinhos da praça, que são hostilizados?”, questionou. Eliza que também cobrou respeito ao regimento de uso da praça, imposto pelo Ministério Público.

“O regimento foi publicado em Diário Oficial em maio e até hoje não foi implanto, não está sendo respeitado. Faltam placas de orientação, falta a delimitação de espaços imposta pelo MP, falta uma ação firme da Guarda Civil para coibir depredações, falta coibir o tráfego de ambulantes irregulares e o tráfico de drogas”, disse.

“É importante que todos venham aqui, falem, expressem suas angústias e que a Câmara possa dar os encaminhamentos”, finalizou vereador Dalton Silvano (PV).

Também participaram da audiência os vereadores Adolfo Quintas (PSDB), Aurélio Nomura (PSDB), Ari Friedenbach (PHS), Conte Lopes (PTB), Juliana Cardoso (PT), Marquito (PTB), Salomão Pereira (PSDB) e Valdecir Cabrabom (PTB), além do subprefeito da Sé, Alcides Amazonas.

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