RENATA AFONSO
DA TV CÂMARA
A Reforma da Previdência foi tema de um seminário realizado nesta terça-feira (8/8) na Câmara Municipal. Idosos de várias entidades lotaram o Auditório Prestes Maia para esclarecer dúvidas sobre as possíveis mudanças.
Renato Cintra, do Coletivo Envelhecer, chamou a atenção para o que pode acontecer com o BPC (Benefício de Prestação Continuada), oferecido para idosos que não recebem aposentadoria, pensão, e têm renda familiar de até um quarto do salário mínimo. A reforma propõe alterar a idade do benefício de 65 para 68 anos. Com a mudança, 400 mil idosos deixariam de ter acesso aos recursos, segundo os números apresentados no seminário.
“Mesmo com o País em processo de envelhecimento, existem Estados em que a expectativa de vida não chega aos 68 anos. Ou seja, grande parte dessa população não vai viver até essa idade”, disse.
Na opinião de Patrícia Pelatieri, coordenadora de pesquisa e tecnologia do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a Reforma da Previdência, do jeito que está sendo proposta, é ruim para todas as faixas etárias.
“A reforma associa dois critérios, idade e aumenta o tempo mínimo de contribuição para 25 anos, em um mercado de trabalho que é desestruturado, que já não dá toda cobertura necessária. Isso vai significar que grande parte dos trabalhadores brasileiros não terá condições de se aposentar. Veremos muitos idosos na miséria”.
Maria Aparecida Ribeiro Costa, segunda secretária do Grande Conselho Municipal do Idoso, diz que é necessária uma conscientização sobre o que pode ocorrer.”
“É importante que eles se conscientizem e que a gente possa tirar daqui um encaminhamento para que possamos mandar para nossos parlamentares”.