Fábio Jr Lazzari/ CMSP
Os projetos de tornar o Palácio Anchieta um prédio sustentável e que proporcione mais qualidade de vida aos funcionários foram apresentados nesta quarta-feira durante reunião da Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente.
A equipe de infraestrutura da Câmara Municipal apresentou aos vereadores o plano de “Retrofit” (modernização) da sede do Legislativo Paulistano, uma intervenção sistêmica, ao contrário das reformas pontuais que vêm sendo realizadas nos últimos anos. Para o vereador Gilberto Natalini (sem partido), presidente da comissão, a Câmara estará “fazendo história” ao colocar o projeto em prática.
“Nos últimos seis anos temos feito intervenções para diminuir consumo de energia, mas se mostrou necessária uma intervenção maior no prédio, incluindo a recuperação de áreas degradadas e da fachada, utilizando conceitos de desperdício zero e sustentabilidade”, explicou Rodrigo Ravena, secretário de Infraestrutura.
Ravena afirmou que o projeto envolve inclusive o processo de licitação, buscando empresas que apliquem conceitos de sustentabilidade e responsabilidade social. A reforma no Palácio Anchieta buscará atender aos padrões internacionais de construções sustentáveis, utilizando certificações europeias e norte-americanas.
IDEIAS
Segundo Vanessa Rocha, consultora da Secretaria de Infraestrutura da Câmara, as vantagens do Retrofit do Palácio Anchieta vão desde a economia de água e de energia a um ambiente de trabalho mais saudável e confortável, com melhor qualidade do ar e iluminação.
Vanessa afirmou que entre os projetos mais avançados estão a implantação de um sistema de aproveitamento da água da chuva e a utilização de energia solar para o funcionamento das copas. Além disso, a secretaria está estudando a construção de dois andares no edifício, onde seriam instaladas a TV Câmara e um heliponto, bem como uma cobertura vegetal. O térreo também será reestruturado.
No âmbito da economia energética, os estudos do Retrofit do Palácio Anchieta preveem a instalação de um sistema de ventilação central com uso de gás ecológico, diminuindo os gastos com ar condicionado e possibilitando a reforma da fachada do edifício, atualmente ocupada pelos aparelhos. Além disso, com mudanças na iluminação, o uso de luminárias pode cair em até 50%, disse Vanessa.
A consultora afirmou ainda que as reformas deverão ser sustentáveis também na sua execução, com o aproveitamento de materiais de demolição e contratação de empresas regionais, diminuindo custos e impactos de transporte.
(22/06/2011 – 11h52)