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Reformas no campo foram estopim do golpe de 64, diz ex-ministro

3 de abril de 2014 - 22:23

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RenattodSousa / CMSP
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Há 50 anos, em 1º de abril de 1964, o Brasil entrou em um dos períodos mais tenebrosos de sua história, cujo saldo inclui centenas de mortos e desaparecidos políticos, além dos milhares de cidadãos que foram submetidos à tortura por agentes do estado.

Nesta quinta-feira (3/4), a Câmara realizou um debate para discutir o golpe de 64 e a subsequente ditadura militar, que por mais de 20 anos suprimiu a democracia no país. Participaram da solenidade o ex-ministro Almino Afonso e o teólogo Fernando Altemeyer Junior, professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

Ministro do trabalho durante o governo João Goulart, Afonso foi uma testemunha privilegiada dos momentos que precederam a tomada do poder pelos militares. Na opinião do político, Goulart foi deposto por tentar implantar avanços sociais tímidos, como a reforma agrária e a extensão dos direitos trabalhistas ao campo nada que pudesse ser remotamente comparado à instalação de um regime comunista, como alegavam muitos dos opositores do então presidente.

“No campo não havia direito social nenhum. Isso não é uma mera expressão. É nenhum mesmo. Nem a remuneração do trabalho era feita através do salário. Havia medidas de remuneração, algumas à maneira da idade média, a chamada terça, a meia e o cambão. O sujeito trabalhava e tinha direito a um pedaço de terra, onde vivia e plantava para sua subsistência”, disse Afonso.

Já Altemeyer lembrou que muitas das atuais mazelas brasileiras são legados diretos do regime militar. A ditadura ainda existe na Polícia Militar, nos órgãos de tortura que ainda permanecem contra os pobres, nos porões das delegacias, na educação precária, na luta dos sem terra. Mas também acho que a democracia se fortaleceu.

Para o vereador Alfredinho (PT), cerimônias como essa são importantes para manter viva a memória dos anos de chumbo. Quando vejo alguém falando dos defeitos da democracia, da corrupção, da falta de segurança, lembro à pessoa que ela só sabe disso porque hoje existe liberdade de imprensa, comentou o parlamentar.

(03/04/2014 19h18)

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