O debate da Sessão Plenária desta quarta-feira (23/10) se concentrou no PL (Projeto de Lei) 419/2018, de autoria do vereador Adílson Amadeu (DEM). O projeto regulamenta o transporte individual de passageiros por aplicativo na cidade de São Paulo. Taxistas e motoristas de aplicativo acompanharam a discussão da galeria do Plenário 1° de Maio, que esteve lotado durante toda a sessão.
Amadeu usou a tribuna para defender a sua proposta. Segundo o vereador, hoje o país possui 1,4 milhão de carros de aplicativo e 400 mil taxistas. “Quem está tomando conta da cidade hoje são as locadoras, que colocaram aqui [na cidade de São Paulo] mais de 100 mil carros com placas de outros estados”, disse Amadeu, que citou impostos municipais e estaduais que deixam de ser pagos para a Prefeitura de São Paulo.
Contrário ao PL, o vereador Fernando Holiday (DEM) justificou a sua opção. Segundo o parlamentar, a proposta do Projeto de Lei trará prejuízo aos motoristas de aplicativo, que dependem da renda para sustentar a família, mas também aos usuários e à capital paulista. “Seria um prejuízo a quase dois milhões de usuários que utilizam o aplicativo todos os dias. A perda de receita para o município seria de cerca de R$ 109 milhões, que seriam arrecadados em benefício da cidade de São Paulo”, disse Holiday.
Para o vereador Prof. Claudio Fonseca (CIDADANIA), é importante promover o diálogo entre taxistas e motoristas de aplicativo. Fonseca é a favor do uso das novas tecnologias, mas também defende a preservação dos empregos tradicionais. “É necessário que se conheça a incidência das novas tecnologias, assim como nós temos que preservar os empregos daqueles que trabalham há muito tempo, como os taxistas. Não pode ser um excluindo o outro”, enfatizou o vereador.
Já o vereador Caio Miranda Carneiro (PSB) pediu aos taxistas e motoristas de aplicativo para não se tratarem como inimigos, em prol da convivência harmônica. “A profissão de vocês [taxistas] merece respeito, merece valor, sim, mas a prefeitura tem que facilitar para vocês, com menos burocracia”, afirmou Carneiro. “E vocês, da Uber, não comprem essa guerra, não têm que brigar com taxista. As duas partes merecem o nosso respeito”, concluiu o vereador.
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