A regulação do aplicativo de transporte Uber é necessária e deve ser feita de maneira que o próprio mercado vá se direcionando para que o consumidor tenha cada vez mais um serviço de qualidade. Esse foi o principal argumento apresentado por especialistas durante o seminário “Compartilhamento e uso intensivo do viário em São Paulo”, realizado nesta sexta-feira (18/3), no Centro de Política e Economia do Setor Público da Escola da Administração de Empresas de São Paulo (EAESP/FGV).
O tema é polêmico e para tentar chegar a uma conclusão a prefeitura realizou uma consulta pública sobre a regulação de aplicativos que conectam passageiros e motoristas. A proposta do Executivo foi elogiada pelos participantes, que explicaram que a medida prevê ações para melhorar a mobilidade urbana.
A principal diferença entre o táxi e o transporte de passageiro individual [a partir de plataformas digitais] é que os taxistas precisam adquirir uma concessão da prefeitura, ter um alvará por veículo para circular na cidade e seguir valores fixos de bandeiras por quilômetro rodado, dependendo da categoria e do tipo de veículo. O outro modelo será controlado por uma empresa credenciada na prefeitura que vai gerenciar os motoristas e veículos e pagar licença de operação por meio de créditos convertidos em quilômetros rodados.
“A prefeitura foi feliz nessa regulamentação e não deixa exclusivo apenas para taxistas. A proposta vem revestida de maneira a melhorar a mobilidade. Acho que esse debate é essencial e é fundamental deixar uma regulamentação que o próprio mercado vai direcionando, dando a segurança necessária para que se façam mais negócios”, sinalizou a diretora de regulação econômica da consultoria LCA, Claudia Viegas.
Para o professor do Insper João Manuel Pinho de Mello, o uso de plataformas digitais para serviços vieram para ficar. “A minha percepção é que isso virou realidade e proibir, por experiências que já vimos, é desastroso. O melhor é regulamentar do que o negócio não existir. Acho inteligente a proposta da prefeitura, porque ela se encaixa no contexto de mobilidade urbana e tributa os carros que estão congestionando as vias. Faz sentido economicamente”, comentou.
A gestora do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito do Rio de Janeiro da FGV, Marília Maciel, falou sobre a importância da regulamentação. “Parabenizo São Paulo por fazer esse debate. Não se pode impedir esse serviço porque vão surgir outras plataformas. O importante é proteger os usuários e ter regras de funcionamento”, explicou.
O pesquisador Ivo Correia comentou sobre o avanço das tecnologias. “A regulamentação deve ser flexível e transparente para que possa ser adaptável conforme as plataformas vão evoluindo”, argumentou.
Em relação ao possível monopólio do Uber, o professor do Insper Paulo Furquim de Azevedo explicou que se houver regulamentação, isso não vai acontecer. “Para funcionar bem é necessário que tenha concorrência, assim teremos o melhor modo de serviço e os preços adequados. O que existe hoje é um problema de concorrência e, por isso, temos apenas uma empresa atuando no mercado. Se não temos mais instituições é porque não tem uma regulamentação que garanta a tranquilidade jurídica. Porque são muitas empresas interessadas, por isso, as regras deverão ser claras”, disse.
Legislativo
Vereadores da Câmara Municipal de São Paulo participaram do seminário e falaram sobre a importância de se debater o tema para que os parlamentares aprovem projetos que tragam melhorias para o município.
O presidente do legislativo paulistano, vereador Donato (PT), falou sobre a importância de refletir sobre o tema. “A tecnologia permite a racionalização da rota e o melhor aproveitamento do transporte, e isso deve ser visto como algo positivo e necessário. Quando se discute um projeto de lei na Câmara se está arbitrando sobre como serão divididos os ganhos de produtividade, e isso deve ser pensado”, explicou.
Para Adilson Amadeu (PTB), a regulamentação não deve ser feita. “A profissão de taxista é nobre e querem regulamentar para fazer um balcão de negócios com aqueles que têm o direito adquirido. Vou defender a categoria”, comentou.
O vereador Mario Covas Neto (PSDB) argumentou sobre a importância do trabalho no legislativo para debater o uso das plataformas digitais. “A nossa função como legislador é buscar mecanismos para garantir que o usuário terá transporte quando precisar. Espero que a gente chegue a um entendimento sobre como vamos harmonizar o mercado, será o nosso maior desafio”, comentou.
O vereador José Police Neto (PSD) é favorável à regulamentação para ajudar a resolver os problemas de mobilidade. “Se tem mercado que permite a expansão do serviço e tem tecnologia para que possa colocar mais passageiros dentro de uma viagem [carro], temos um desafio de como faremos para realizar esse processo. O parlamento precisa indicar fórmulas para isso. Porque precisamos reconhecer que a cidade não consegue controlar o uso do viário e esses recursos podem melhorar a mobilidade”, disse.
Isso quer dizer que vão acabar com a profissão de taxista,e ainda de quebra o prefeito inventou esse táxi preto e fala que os coitados foram contemplados com um alvará de estacionamento,com um valor exorbitante de 60.000 reaise exige carros de alto padrão, agora fica a pergunta pra pagar de que geito senhor prefeito, pq o motorista já começa com uma dívida de no mínimo 130.000 mil com tanta concorrência ,exp meu marido é segundo motorista com a liberação desses aplicativos ele só consegue pagar a diária estamos vendendo o almoço pra comprar a janta ,por favor estão acabando com o táxi isso não é justo eles pagam alto preço para sua trabalhar aí vem o prefeito vender alvará isso nunca aconteceu .ainda por um preço absurdo,o negócio então é trabalhar na clandestinidade pelo menos para quem é frota e segundo motorista não tem solução, oas coitados passam 15 hrs na rua . vimos rever esses conceito, vcs não estão pensando nos taxixtas so em cobrar taxas mais serão lembrados nas urnas muito obrigado .