RenattodSousa / CMSP
Durante a sessão desta quinta-feira (13/2), o vereador Reis (PT) foi à tribuna para criticar a gestão do Metrô pelo governo estadual. Para ele, o crescente número de falhas observadas no sistema é culpa de uma precarização promovida pelos gestores.
Cortes de gastos com pessoal, manutenção cada vez mais precária e a compra de composições de baixa qualidade para operar nas linhas seriam as causas de incidentes como o do último dia 4/2, quando uma falha na linha 3 paralisou o sistema por horas e levou ao fechamento de estações.
Reis ainda censurou o secretário estadual de Transportes, Jurandir Fernandes, por atribuir o problema à ação de vândalos, que teriam acionado o sistema de abertura de portas, mesmo com a ocorrência já resolvida.
É uma declaração infeliz, tentando jogar a responsabilidade sobre a ineficiência do sistema nas costas dos usuários. As pessoas abriram as portas de emergência porque não havia condições de ficar em um trem fechado, ainda mais com um calor desses, criticou.
Na opinião do petista, é óbvio que os usuários acionaram as portas porque os novos trens não têm janelas o que impede a circulação de ar caso o fornecimento de energia elétrica seja cortado, como ocorreu no dia.
O líder do PSDB, Floriano Pesaro, defendeu que o episódio seja investigado pela polícia e acredita em uma ação proposital. Está cada vez mais claro que foi uma ação
organizada dentro do Metrô por grupos que estão tentando, repetidamente, criar tumulto em estações cheias.
O diretor de imprensa do Sindicato dos Metroviários, Tiago Pereira, diz que a organização já tinha alertado o Ministério Público antes do acidente sobre problemas com os trens reformados. Eles têm um sistema de ar condicionado ineficiente. O meio fica refrigerado, mas não as outras partes, afirma o sindicalista.
Para Pesaro, as declarações de Pereira não merecem crédito. Elas são tendenciosas. Como você pode confiar em um sindicato que é inteiramente politizado, partidário?
Antes da publicação deste texto, a reportagem solicitou ao Metrô uma entrevista para obter mais informações sobre o caso. A empresa respondeu através de uma nota, enviada às 18h12 dessa sexta-feira (14/02), na qual afirma que “para manter o sistema metroviário de São Paulo dentro dos padrões internacionais, todas as frotas do Metrô passam por rigorosos processos de manutenção preventiva e corretiva”.
A companhia ainda argumenta que “em 2013, foram investidos cerca de R$ 470 milhões somente na infraestrutura, modernização e operação do Metrô”.
(13/02/2014 – 18h57)
