A Comissão de Educação, Cultura e Esportes entregou, nesta quarta-feira (15/12), relatório que aponta a precariedade da limpeza de escolas públicas municipais de São Paulo. O texto foi baseado em visitas técnicas realizadas pelos parlamentares da comissão, realizadas logo após o recebimento de denúncias. O problema teria começado após a redução do número de funcionários terceirizados, após decisão da prefeitura.
O vereador Toninho Vespoli (PSOL), que participou das visitas técnicas da comissão, disse ter constatado de perto o problema. “Em cada unidade de ensino, reduziu o número de funcionários da limpeza de oito, em média, para três. E apenas essa quantidade de funcionários não consegue dar conta de toda a demanda de serviços nessas unidades”, disse Vespoli.
O presidente da Comissão de Educação, vereador Eliseu Gabriel (PSB), falou das medidas a serem tomadas para melhorar o serviço nessas escolas públicas da capital. “Nós convidamos o secretário municipal de Educação ou algum representante dele, para comparecer à reunião da comissão, na próxima semana, a fim de nos dar respostas para que possamos propor alguma solução viável para este problema”, afirmou Gabriel.
Os vereadores da Comissão de Educação também pretendem ouvir algum um representante do TCM (Tribunal de Contas do Município), já que, segundo os parlamentares, o TCM teria supostamente limitado o número de funcionários.
Moção contra operação policial em Paraisópolis
Ainda durante a reunião, os vereadores integrantes da Comissão aprovaram moção de protesto contra a operação policial realizada no último domingo, em Paraisópolis, na zona Sul da capital paulista, que resultou na morte de nove menores.
O vereador Eliseu Gabriel cobrou providências do governador João Doria. “Não podemos aceitar que a Polícia Militar chegue desta forma, atirando nas pessoas. Foi uma ação selvagem que não condiz com a conduta adotada pela Polícia Militar de São Paulo”, afirmou Gabriel. “Por isso, cobramos providências ao governador João Doria, para que episódios como este não voltem a acontecer nas comunidades de São Paulo”, disse o vereador.