Da Redação
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) discutiu nesta terça-feira (28/4), em reunião realizada na Câmara, a questão da remuneração dos profissionais da medicina.
Segundo o diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina, Marun David Cury, se for analisada a planilha dos planos de saúde, a quantia financeira que fica para o médico é mínima. “Para dar uma ideia, o valor real de uma consulta gira em torno de R$ 130,60. Eles estão remunerando o médico em média de R$65 a R$72. É uma defasagem muito grande! Outro problema é que muitos médicos têm se descredenciado e as operadoras não estão repondo esses profissionais com médicos de qualidade”, disse.
Segundo o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, o mercado de trabalho para um médico se resume ao SUS (Sistema Único de Saúde), que remunera muito menos que os planos, os clientes particulares, além dos planos de saúde. “O que queremos é que as relações sejam mais harmoniosas entre os médicos e os planos”, defendeu.
Números da Abramge (Associação Brasileira Medicina em Grupo) apontam que atualmente 50 milhões de pessoas no país são cobertas por planos de saúde.
De acordo com a vereadora e presidente da CPI, Patrícia Bezerra (PSDB), sempre existiu essa prática nas operadoras de planos de saúde, desde quando elas surgiram. “Agora está pior! O intuito desta CPI é questionar o porquê das relações se darem desse jeito e tentar promover um entendimento dos envolvidos nessas relações para que, principalmente, ninguém fique no prejuízo”, disse.