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Representante da Defesa Civil e de sindicato dos eletricitários são ouvidos na CPI da Enel

Por: AMANDA OLIVER
DA REDAÇÃO

23 de novembro de 2023 - 18:35
Richard Lourenço | REDE CÂMARA SP

Nesta quinta-feira (23/11), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel da Câmara Municipal de São Paulo recebeu o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Eduardo de Vasconcellos Correia, e Joel Malta de Sá, coordenador municipal da Defesa Civil. Os convidados contribuíram com uma análise técnica e operacional sobre a atuação da concessionária na capital paulista.

Em seu depoimento, o representante do sindicato destacou a atual escassez de funcionários na Enel em São Paulo, apontando para a necessidade de um contingente ideal. Correia aponta que a empresa hoje conta com terceirizados e propõe um retorno ao quadro de empregados que havia na época da privatização.

“O número ideal é chegar aos 8 mil empregados, o mesmo de quando eles receberam a empresa. Com o advento da terceirização, perde-se a mão de obra qualificada. Em 2014, teve um vendaval e a empresa estava com pouco mais de 6 mil empregados, foi uma catástrofe também e o tempo de resposta também foi muito ruim. Eles aumentaram o quadro em 8.050 empregados, porque perceberam a deficiência de quadro especializado e vieram com esse quadro até 2018. Quando a Enel recebeu a empresa, ela começou a fazer enxugamentos, cortes, então a empresa derrubou para 3.900 empregados, ela diz que compõem o resto do quadro com funcionários terceirizados, mas mesmo com terceirizados, não chega a 7 mil pessoas atuando diretamente na rede”, disse.

Questionado sobre o plano de contingência da Enel para o verão, Correia acredita que houve subestimação do risco, visto que a empresa foi avisada pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e que poderia prever e medir a situação. “A gente sabe que tem um período de chuvas que começa agora em novembro e vai até meados de março. Nesse período, a empresa tem que se preparar com as equipes de emergência, para atender essas catástrofes. Se não ocorrer a manutenção antes, fica mais difícil na hora de fazer a manutenção corretiva”.

Outro ponto levantado por Correia foi a responsabilidade dos órgãos reguladores após o processo de privatização. “Eu não imputo só a Enel o que aconteceu aqui, venho falando ao longo do tempo que os órgãos reguladores não cumpriram o papel deles, que é de fiscalizar e punir a empresa. Em 1998, quando privatizou, a Eletropaulo, que é a Enel hoje, tinha 11 mil empregados, chegou a cair para 6 mil e depois subiu para 8 mil empregados, e hoje está com 3.900”.

Defesa Civil

Em seu depoimento, Joel Malta de Sá, coordenador municipal da Defesa Civil, compartilhou detalhes das ocorrências durante as chuvas de novembro, apontando demora na chegada das equipes da Enel e as falhas de atendimento no canal de comunicação. “Quando nosso atendente recebe um chamado, ele dispara para um profissional da Enel, que dispara para a central, e só então eles realizam o despacho da solicitação. O que nós vimos também, era a abertura de uma ordem de serviço, e depois o cidadão ligava para a gente e a ordem já tinha sido encerrada sem resolução”.

Sobre a poda de árvores, o coordenador também apontou uma tentativa da concessionária de transferir a responsabilidade pelo serviço. “Quando há um incidente de árvore e ela cai sobre a fiação elétrica, é papel da Enel. Quando mandamos nossas equipes, a equipe fica esperando o técnico da Enel desligar a energia para poder cortar a árvore. São 650 mil árvores na cidade de São Paulo, eu acho que a questão da Enel é demandar essa fiscalização nas árvores e postes, para saber quais locais precisam de poda ou retirada das árvores”.

Presidente da Comissão, o vereador João Jorge (PSDB) fez um balanço das informações apresentadas. “Na CPI de hoje, nós constatamos aquilo que já imaginávamos, o tamanho do impacto na queda de equipes da Enel, que proporcionou ou deixou de proporcionar para a cidade de São Paulo”, destacou.

Relatoria

Ainda na reunião, os integrantes da CPI escolheram o vereador Jorge Wilson Filho (REPUBLICANOS), como relator. “É muito importante a relatoria da CPI da Enel. A CPI trouxe uma calamidade na vida das pessoas que em seus comércios, ou em casos piores, quando fazem tratamento em casa com aparelhos ligados à energia e que tiveram que correr ao hospital”, enfatizou.

Os trabalhos desta quinta contaram com a presença dos vereadores João Jorge (PSDB), Luna Zarattini (PT), Ricardo Teixeira (UNIÃO), Thammy Miranda (PL), Jorge Wilson Filho (REPUBLICANOS), Milton Ferreira (PODE), Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) e Fabio Riva (PSDB).

Para assistir à reunião da CPI da Enel na íntegra, confira o vídeo abaixo:

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