Dezenas de integrantes da SATI (Sociedade Amigos do Tênis do Ibirapuera) participaram da Audiência Pública que aconteceu na manhã desta sexta-feira (10/12), realizada pela Comissão de Políticas Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, para discutir sobre a retirada da entidade da administração das seis quadras de tênis localizadas no Centro Esportivo Mané Garrincha.
O vereador Aurélio Nomura (PSDB), autor do requerimento da Audiência Pública, questionou a forma como foi cedido para outra organização a administração do local sem aviso prévio à SATI e também o futuro da SATI e seus associados. “O que vai acontecer com os membros da SATI? Eles estão cuidando e utilizando o local há 40 anos. As quadras que estão sendo repassadas para outra administração foram construídas por eles e não pela Prefeitura”, questionou o vereador, que ainda ressaltou que a maioria dos associados são idosos e utilizam o espaço para atividades físicas e sociais.
Frequentador do espaço, Constantino Battista disse que os integrantes da SATI têm consciência que o local utilizado por eles é público. Ele contou que a má conservação das quadras fez com que os moradores da região se unissem e investissem em melhorias para que a comunidade pudesse usufruir do espaço. “Achamos que merecíamos o mínimo de consideração pelo tempo que a gente fez o papel do gestor público. Nós construímos e mantivemos as quadras. Se não fosse por nós elas estariam abandonadas como estão em outros locais da capital paulista. Nós não nos apoderamos do espaço, só fizemos o papel que o Poder Público não fez”, disse Battista, que ainda reclamou que a entidade não foi chamada para uma conversa e foi pega de surpresa pela decisão da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer em colocar outra organização na administração do local.
O representante da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, André Luís Ieira, se defendeu dizendo que foi realizado um chamamento público para ampliar a utilização das quadras de tênis do Mané Garrincha. “Abrimos chamamento para quem tivesse interesse em desenvolver qualquer projeto na cidade de São Paulo e foi apresentado um plano de trabalho com investimento de aproximadamente R$ 12 milhões por ano e realização de trabalho social com cerca de três mil crianças carentes naquele espaço”.
A vereadora Ely Teruel (PODE) questionou se na região do Ibirapuera têm a quantidade de crianças carentes para participar do projeto e ainda se as crianças das regiões periféricas teriam acesso ao local e se o contrato com a nova administradora previa o transporte dessas crianças. “Sabemos que para as crianças da periferia é difícil ter acesso à região do Ibirapuera e que necessitam de transporte. Já está em contrato os transportes para elas?” questionou.
Ao final da audiência, ficou acordado entre os presentes que uma reunião será marcada com representantes da SATI, o vereador Aurélio Nomura e da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer para seguirem tratando sobre o tema.
Além dos vereadores Aurélio Nomura (PSDB) e Ely Teruel (PODE) também esteve presente na audiência o vereador Celso Giannazi (PSOL).
Para conferir a íntegra do debate, clique no vídeo abaixo:
A Audiência foi um alento de esperança em que ainda possa existir um pouco de justiça, respeito e consideração do poder público pelos cidadãos que, além de pagar seus impostos, ainda lutam pela melhoria do convívio social através da pratica esportiva. Quem conhece o trabalho da SATI, pode ver que o cuidado não é só com as quadras. Pois, temos canteiros com orquídeas e plantas em geral, cuidados com o carinho dos associados.
O plano de trabalho da Rede tênis Brasil é muito confuso. Eles falam que vão atender 3 mil crianças, mas na realidade no Mané Garrincha são somente 186 crianças. 2 mil crianças não está detalhado, falam em praças públicas, escolas públicas, muito vago. Só com os gastos em publicidade e atividades não fim do tênis está escrito em mais de 500 mil reais por ano, que daria para construir 10 quadras de tênis. É justo desalojar mais de 500 tenistas idosos/ adultos por 186 crianças da elite da região do Ibirapuera?
As quadras de tênis do Mané Garrincha, são um lugar de convívio e amizade, há mais de 35 anos, quem frequenta sabe o valor que aquele espaço tem, principalmente para as pessoas da terceira idade.
Os amigos tenistas de vários clubes de São Paulo assistiu a Audiência Pública realizada no dia 10/Dez/2021 às 10:00hs, e ficou extremamente sensibilizados com a atitude imposta pela direção de SEME em desalojar/perder espaço dos mais de 500 idosos munícipes que praticam o tênis nas quadras do Mané Garrincha. Ninguém é contra o projeto, mas a SEME precisa agir com inteligência e construir mais quadras de tênis nas periferias da capital de SP. Não é justo tirar o direito dos idosos que praticam tênis há mais de 35 anos no Mané Garrincha, pois esse usuários munícipes construíram as quadras com próprio recurso porque a SEME não faz absolutamente nada em prol da maioria dos idosos e crianças carentes. Parabéns aos vereadores Aurélio Nomura, Celso Giannazi e Ely Teruel que defendem o povo da cidade de São Paulo. Somos usuários munícipes e queremos o nosso direito.
Se o propósito é o de treinar e dar suporte a futuros tenistas que possam evoluir a um nível de alta performance, estes devem receber apoio em tempo integral, jogar e viver o tênis. Nao apenas algumas horas por dia. As quadras devem estar perto das suas residências para facilitar acesso diário a elas. Construam quadras ou reformem as existentes nos diversos locais públicos disponiveis. Ampliem o acesso a quadras sejam de saibro ou rápidas ditas “duras” que tem manutenção menos dispendiosas. Quanto mais quadras maiores sao as chances de aparecerem jovens “bons de bola”. Mas nao esquecam jamais dos idosos, eles tambem tem os mesmos direitos dos jovens. Construam mais quadras em todos os lugares tal qual nos Estados Unidos, Argentina, Espanha.
Com a prática do tênis na Sati melhorou a minha qualidade de vida e me sinto viva pois fiz muitas amizades Acho importante essa permanecia e quero dar continuidade a prática Não sou contra a atuação junto as crianças porém apelo ao Lemman que reveja o projeto pois o bom senso e importante
Nao se pode alojar uns, desalojando outros, ainda mais sendo um grupo grande de idosos que frequentam a décadas o local, fazendo e convivendo com amigos e praticando esporte, a principal finalidade do clube. Não é justo.
Parece que a SEME, foi seduzida pelo “canto da sereia” de um projeto inclusivo sem custos para a prefeitura, oferecido por uma ONG e para tanto, cederam as instalações dos Clubes da Prefeituras.
Cabe aqui uma reflexão. Como estaria hoje, aquela área do Clube Mane Garrincha se o SATI, não tivesse construído e mantido as quadras (com as devidas autorizações) com recursos das contribuições voluntárias de seus associados, (sem recursos publicos) durante mais de 30 anos?
Se o projeto é socialmente inclusivo, não seria mais logico essa nova ONG construir novas quadras em clubes onde ainda não tenham essa modalidade, ao invés utilizar o que já foi construído e sendo mantido com muito esmero, pela atual associação de amigos, que já atende mais de 500 atletas amadores, que são na maioria idosos e aposentados?
De que adianta um projeto que promove inclusão de um lado e exclusão do outro.
É trocar seis por meia dúzia, o seja, administrativamente falando, o resultado é ZERO.
Promessas , mais promessas, claro,eleições chegando! Na teoria é fácil .
Queremos; ação ,prática e tudo documento.
A Vereadora Ely falou por mim .
Os Patrocinadores ITAU, , Carrefour , Instituto Lemann foram enganados pelo SEME .
Esses patrocinadores estão desalojando idosos do Espaço que construíram .
Pergunto porquê não querem construir novas quadras em outros espaços publico ?
Muito conveniente tomar na Marra essas 6 quadras de Tenis mas EXPULSAR os Tenistas idosos …. e dar para “O INSTITUTO TENIS , que forma Atletas Profissionais .
É UMA VERGONHA !!
Os patrocinadores precisam interferir e retirarem o Patrocínio ou que construam novas quadras para esse projeto.
LEMANN , ITAU , CARREFOUR DEVOLVAM AS QUADRAS DE TENIS roubadas dos IDOSOS .
O equipamento público foi mantido em perfeitas condições ao longo de décadas… foram citadas tratativas da época da prefeitura do Janio Quadros ! O prefeito teve mandato de 1986 até 1989… hoje estamos em 2021 e então ocorre um chamamento publico, q não somos sequer avisados !!! Avisados porque não é do hábito diário do cidadão ler essa mídia. Seria pedir demais vcs terem entrado em contato com quem está no dia a dia, de domingo a domingo ao lado de vcs … e desde sempre empenhados em ter um plano de cooperação formalizado !
Para um projeto social q poderíamos contribuir, agregar, somar, evoluir como pessoas e como esportistas que somos !
Temos o espírito do tennis na veia, o espírito desse esporte não é só competitivo… também é de amizade, lealdade, praticar o esporte por satisfação e com respeito ao próximo. A indignacao vem por conta da falta de atitude de não terem vindo conversar conosco!!!
Não ter sequer avisado a quem cuidou do patrimônio público com tanto zelo. Sem querer lucros em troca, onde foi promovida a harmonia entre os munícipes ao longo desse tempo todo… Fica aqui a impressão que depois do que foi realizado nesse tempo todo através da SATI, vcs não botaram fé q seríamos capazes de realizar ações junto à menores carentes por iniciativa própria, com mobilizações no sentido de contratação de professores, doação e aquisição de material esportivo para servir ao público conforme as novas diretrizes da administração vigente.
Viva ao esporte, viva ao tennis, viva Maria Ester Bueno, grande precursora do esporte no Brasil, viva a socialização q o esporte nos une e proporciona ! Quero sentir meu coração batendo muito em busca de bolas de tennis no SATI ! Saúde e vida para todos !
É quase uma brincadeira de mau gosto, mexer com o espaço da SATI, onde funciona espaço público muitíssimo bem administrado e aproveitado,um exemplo de espaço público que poderia ser copiado por outros similares, agora, simplesmente tentam usufruir para outros fins, quando sabemos que existem várias áreas onde poderiam implantar qq projeto dessa natureza.
Deve ser muito bem analisada,e ,se possível, reverter totalmente a situação.
Sou associado ao Mané Garrincha desde 2.002 e frequento as quadras de tenis. É um espaço público acessível a toda população e muito bem cuidado pelos próprios usuários. É um exemplo de boa administração. Não vejo nenhum sentido desativar uma iniciativa tão bem sucedida.
Bom dia a todos!
Gostaria de chamar a atenção de um fato pequeno, mas significativo. É curioso que na primeira coluna no final da fl. 198 do dia 28 08 2021, no DIÁRIO OFICIAL DA CIDADE DE SÃO PAULO, aparece a homologação do resultado do chamamento público 002/SEME-G/2021. Ora, por lei e pelo próprio Decreto 57.575 (art 26) exige-se que o Edital de Chamamento deveria ter sido amplamente divulgado e publicado as fls. 89 . Mas nessa data as fls. 89 nada foi publicado, só a homologação as fls.198 (6019.2021/0002302-8).
Conforme reza o art 26 do Decreto 57.575, o Edital de Chamamento deve ser publicado com ampla divulgação, também no Diário Oficial, com 30 dias de antecedência. Nessa ampla divulgação, também, evidentemente, está a necessidade de divulgação a quem utiliza as quadras há mais de 30 anos!
Ora, os dados no site da Secretaria de Esportes não indicam a publicação no DO e a pergunta que não quer calar é: Por que não divulgaram com antecedência aos atuais usuários?