A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta sexta-feira o secretário adjunto de Finanças, George Tormin, para audiência pública temática sobre o Orçamento de 2012 para a cidade. A dívida do município, que anualmente consome 13% das receitas, foi um dos temas debatidos.
Segundo Tormin, a dívida, que ultrapassa R$ 50 bilhões, precisa ser revista, sob o risco de se tornar “impagável”. “A secretaria está fazendo gestões junto ao governo federal e já apresentou algumas propostas técnicas para revisar os critérios do financiamento, visando em especial a redução da taxa de juros, que é de 9%”, disse.
O relator do Orçamento na Câmara, vereador Milton Leite (DEM), defende que os juros da dívida deveriam baixar. “Se o governo toma emprestado dos bancos a 6%, o mesmo índice deveria ser cobrado da cidade de São Paulo”, afirmou. O parlamentar também criticou a União, que, segundo ele, adotou uma política de “ganhar dinheiro em cima da cidade de São Paulo”.
Durante a audiência pública, Milton Leite ainda cobrou a Secretaria de Finanças para que envie até a próxima audiência geral sobre o Orçamento, em 12 de dezembro, informações sobre o comportamento da receita em outubro de 2011. Segundo Tormin, nesse período o arrefecimento da atividade econômica refletiu na arrecadação.
“Isso preocupa porque influencia a previsão de 2012. O governo tem como base o mês de julho, então um comportamento negativo em outubro pode ficar maquiado”, explicou Leite, afirmando que os dados devem alterar a previsão de receitas para o próximo ano.
(11/11/2011 – 13h07)