Na próxima quinta-feira (15/6), a partir das 19h, a Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo promove mais uma Audiência Pública geral sobre a revisão do PDE (Plano Diretor Estratégico) – PL (Projeto de Lei) 127/2023. Este será o quinto debate geral desde que o texto substitutivo da proposta foi aprovado em primeira discussão na Sessão Plenária de 31/5.
Encaminhada para a Câmara pelo Executivo em março, a revisão é obrigatória e está prevista na Lei do PDE (Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014).
Participação e transmissão
A participação do munícipe é fundamental no processo de discussão da proposta. Além da participação presencial, é possível contribuir com o debate inscrevendo-se para participar por videoconferência. Veja quais são os procedimentos aqui.
A audiência será transmitida, ao vivo, por meio do Portal da Câmara (link do Plenário 1º de Maio disponível na página Auditórios Online) e pelo canal Câmara São Paulo no YouTube. Outra opção é acompanhar pelo canal 8.3 da TV aberta digital (TV Câmara São Paulo).
Serviço:
Audiência Pública geral sobre a revisão do Plano Diretor
Data: 15/6
Horário: 19h
Local: Plenário 1º de Maio – Câmara Municipal de São Paulo
Transmissão: Plenário 1º de Maio, redes sociais da CMSP, e canal 8.3 da TV aberta digital
Informações: www.saopaulo.sp.leg.br/revisaopde
Acompanhe o hotsite sobre a revisão do PDE. Nele, você encontra informações sobre a proposta, as últimas notícias e o calendário completo das Audiências Públicas.
Manter o Art. 96 da revisão do Substitutivo da Comissão de Política Urbana do PDE é de suma importância.
Veja o caso da Operação Urbana Faria Lima.
Tenho um imóvel no perímetro da Op. Urb. Faria Lima e não posso edificar.
Não há metros quadrados de terreno virtual disponíveis para venda no estoque de terrenos de TODA a Operação Urbana Faria Lima e o dito CEPAC se tornou um mico na mão de quem o possui por só ser empregável em quebra de parâmetros ou taxa de ocupação, não sendo possível aumentar o potencial construtivo do lote.
Peço que mantenham inalterados os termos do art. 96 para que proprietários de imóveis como eu não sejam injustiçados e cerceados no seu direito de edificação, em prejuízo perante os demais proprietários de imóveis em outros locais, que não em Operações Urbanas.
Obrigado
O desenho de cidade estipulado pelo plano diretor é um desastre! Esta alteração prevista vai dar ainda mais espaços para incorporadoras desenharem a cidade de forma disfuncional. Ruas estreitas e prédios gigantes resultando em residências pequenas sem insolação adequadas e com o preço exorbitante. Além deste problemas funcionais temos também a destruição da identidade dos bairros. Veja o bairro da Vila Mariana, um bairro misto que era predominante residencial e tinha como identidade as casinhas geminadas de trabalhadores super charmosas. No lugar dessas casa aparecerem prédios com micro apartamentos destruindo completamente a identidade do bairro. Sou arquiteto e urbanista e vejo o PDE eu vejo com uma anomalia da ganancia imobiliária onde o poder publico pensa 10x mais no retorno que as grandes incorporadoras estão trazendo do que no real bem estar da população,
Moro em Pinheiros e o bairro está se transformando rapidamente com o Plano Diretor em vigor. Para pior! Alguns quarteirões já não recebem mais o sol nas ruas. A ganância dos empreendimentos imobiliários é assustadora ao aproveitarem o espaço ao máximo: sem recuos são construídos ao “pé” da calçada e muitos nas laterais não há recuo algum. Os projetos são parecidos e a diversidade anterior está se diluindo. Árvores são retiradas a esmo e pouquíssimas são plantadas. Além da deterioração das bocas de lobo, onde são despejados areia e cimento a olhos vistos. Sem fiscalização alguma! Não sou arquiteta, mas é escandaloso o desmonte do bairro e suas características, sem contar que a própria infraestrutura do bairro não suporta e já começa a se saturar. As vias estão carregadas de veículos!
O mínimo que se espera desta Camara de Vereadores é que dê um basta a este processo e não propicie a estas construtoras vantagens além das que já possuem. A revisão do plano diretor não pode aumentar mais o coeficiente de construção. não pode aumentar a extensão já permitida em relação ao metrô, não pode aumentar o número de garagens que já é absurdo, pois não temos vias para tal.
Vocês foram eleitos para nos representar visando o bem estar e não a destruição de onde moramos.
E o fundo constituído para que a altura dos prédios beneficiem a moradia popular que não seja alterada. É visível o objetivo do lucro a qualquer custo destas incorporadoras e a incapacidade da prefeitura em fiscalizar.
Por favor, sem regalias para este setor e um basta para a verticalização extrema.
Antes mesmo da revisão do plano diretor já vejo mudanças insustentáveis nos Bairros que serão afetados pela expansão da Linha Verde do Metrô.
Desde que divulgaram essa expansão do metrô houve uma explosão de construções no meu bairro (Vila Carrão) e nos bairros vizinhos (Santa Isabel, Vila Formosa, Vila Mafra, Vila Antonina, Penha, Vila Nova Manchester entre outros). Fiz um levantamento há 3 meses (não exaustivo) e contabilizei 76 novas edificações nos últimos 3 a 5 anos. Revisei este levantamento há uma semana e já estou chegando a 100 novas edificações. Onde antes existia uma casa agora tem um prédio contendo de 12 a 20 micro apartamentos, sem garagem (a maioria). As ruas ficam lotadas de carros e o que antes era via dupla deveria ter virado mão única, não passam dois carros, o trânsito fica caótico. Está muito ruim de andar no bairro. Onde está o poder público para organizar as vias de trânsito, arrumar os buracos (que surgem diariamente pelo peso dos caminhões de material de construção que andam em vias do bairro diariamente), a rede de energia (que tem falhado bastante – basta buscar os índices de DEC e FEC). Ainda pergunto: se não há investimento na melhoria na rede de esgoto, essa expansão de imóveis e moradias é sustentável? Me parece que o poder público só prioriza as minorias (setor imobiliário) que querem ganhar dinheiro com a infraestrutura da cidade mas que não prioriza as habitações populares. Grande parte destes micro-apartamentos estão na ordem de custo de R$ 400.000,00. Aluguel em torno de R$ 2.000,00. Isso é custo popular? Me parece que realmente a população não é levada a sério.