Com as diretrizes da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), a Secretaria Municipal da Saúde definiu, nesta quarta-feira (19/1), o protocolo sanitário para a realização dos desfiles de Carnaval 2022 no Sambódromo do Anhembi.
O documento foi elaborado pela secretaria, SPTuris (São Paulo Turismo), Secretaria Municipal da Cultura e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana.
Confira abaixo o que ficou estabelecido:
- Exigência do passaporte da vacina para o público;
- Limite de ocupação máxima de 70% da capacidade de público em todos os setores, incluindo arquibancada, camarotes e pista;
- Pré-cadastro de componentes do desfile com o Passaporte da Vacina, que será exigido também para os desfilantes;
- Uso obrigatório de máscara para desfilantes e espectadores;
- Redução do número de componentes por escola;
- Controle de público na concentração e dispersão e recomendações para os ensaios técnicos e encontros nas quadras.
Para o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, com o protocolo sanitário, as escolas de samba e organizadores de eventos conseguirão se preparar melhor para garantir a segurança de todos contra a Covid-19.
Além disso, os organizadores dos eventos permitidos durante o Carnaval assumirão a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações e recomendações descritas no protocolo sanitário, conforme o documento disponível neste link.
Ainda sobre o Carnaval, a Justiça de São Paulo, por meio da Vara da Infância e da Juventude de Santana, proibiu crianças de até 11 anos de assistirem ao desfile e aos ensaios das escolas de samba no Anhembi, sendo que crianças com até 5 anos estão totalmente proibidas. Para a faixa etária de 6 a 11 anos, o impedimento ocorre devido à falta da vacinação contra a Covid-19 completa, já que a imunização começou nesta semana e as crianças ainda não tomaram duas doses.
Jovens de 12 a 17 anos poderão assistir aos desfiles e ensaios desde que sejam autorizados por responsáveis legais. A participação de adolescentes em carros alegóricos deve ser solicitada expressamente no alvará encaminhado à Prefeitura.
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De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta terça-feira (18/1), a capital paulista totalizava 39.708 vítimas da Covid-19. E havia, ainda, 1.670.370 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade e Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo nesta quarta-feira (19/1), é de 60,6%.
Já a ocupação de leitos de enfermaria está em 67,4%. No Estado, a taxa de ocupação em UTIs está em 54,1% e em 58,3% em leitos de enfermaria. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.
Atuação no município
A cidade de São Paulo está completando um ano de campanha de imunização contra a Covid-19 nesta quarta-feira (19/1). Desde o dia primeiro dia de vacinação, já foram mais de 4 mil horas de trabalho, 10 mil profissionais empenhados e mais de 25 milhões de doses de vacinas aplicadas.
A rede municipal segue com a vacinação contra a Covid-19 e influenza em 469 unidades de saúde da cidade. Para o coronavírus, o foco neste momento são crianças de 5 a 11 anos com qualquer tipo de comorbidades ou deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual) e indígenas aldeados.
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Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (19/1), o Governo do Estado de São Paulo informou que nos últimos dois meses registrou alta nas internações de crianças e adolescentes infectados com Covid-19 em leitos de terapia intensiva. De acordo com os dados do Censo Covid, da Secretaria de Estado da Saúde, o aumento foi de 61,3% no número de pacientes com menos de 18 anos internados nas UTIs. A comparação foi feita entre os dias 17 de janeiro de 2022 e 15 de novembro de 2021.
Na última segunda-feira (17/1), o Estado recebeu o segundo lote de vacinas pediátricas com 258 mil doses. Os imunizantes já começaram a ser distribuídos aos 645 municípios e a expectativa é que a logística continue a ser feita desta forma assim que novas doses sejam encaminhadas pelo Ministério da Saúde.
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A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) realizou, na tarde desta quarta-feira (19/1), uma reunião para avaliar a proposta de regulamentação de autotestes no Brasil.
Os presentes na reunião ressaltaram que os autotestes são importantes para a ampliação do acesso da população à testagem. No entanto, conforme entendimento da Procuradoria Federal, a nota técnica do Ministério da Saúde não cumpre todos os requisitos inerentes a uma política pública. A interpretação da agência é de que a documento não apresentava, por exemplo, sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.
Por 4 votos a 1, a diretoria decidiu que há necessidade de realizar diligências para que o Ministério da Saúde esclareça dúvidas sobre a utilização dos testes por usuários leigos. O tema deve retornar à pauta da agência para ser votado em um prazo de até 15 dias.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quarta-feira
*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus