A Prefeitura de São Paulo publicou no último sábado (14/5) o decreto municipal nº 61.307, de 13 de maio de 2022, que desobriga a exigência do Passaporte da Vacina para acesso em estabelecimentos da capital.
O decreto nº 60.989/2022, que exigia o documento, foi uma das diversas medidas tomadas para conter a proliferação do vírus causador da Covid-19, com o objetivo de manter os ambientes mais seguros em um momento em que as coberturas de vacinação eram mais baixas.
A Prefeitura revogou ainda os incisos III e IV do decreto municipal nº 59.384, de 29 de abril de 2020, que obrigava o uso de máscara para motoristas e passageiros de transporte individual de passageiros de táxi e por aplicativo. As medidas passaram a vigorar a partir da publicação do decreto.
A medida leva em conta as mais de 31,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas em todas as faixas etárias e grupos elegíveis, tornando São Paulo a capital mundial da vacina, além da diminuição das internações hospitalares por conta da Covid-19.
Vale ressaltar que o uso segue obrigatório nos transportes coletivos como ônibus, trens e metrô, além de unidades de saúde.
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De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta terça-feira (17/5), a capital paulista totalizava 42.398 vítimas da Covid-19. E havia, ainda, 1.956.477 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade e Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo até esta terça-feira (17/5) é de 27,9%. Já a ocupação de leitos de enfermaria está em 25,1%
No Estado, a taxa de ocupação em UTIs está em 22,3% e em 20,2% nos leitos de enfermaria. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.
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A 17ª Semana Epidemiológica da Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, coordenada pelo Instituto Butantan, registrou mais uma nova variante recombinante XG. A nova variante foi encontrada em amostras coletadas de uma mulher de 59 anos, moradora do bairro da Penha, na zona leste da capital. Até o momento, não há informações sobre os sintomas, histórico de viagem e esquema vacinal da paciente. Com relação a disseminação, a Rede de Alerta informa que não há motivos para preocupação.
Em abril, a rede encontrou a XQ, que surgiu a partir de uma mistura da sublinhagem BA.1.1 e linhagem BA.2 e foi encontrada em amostras de um casal sem esquema vacinal completo, ou seja, que não tinha tomado a terceira dose da vacina, também na cidade de São Paulo.
A XG é uma recombinante das linhagens BA.1 e BA.2 da cepa Ômicron – a mesma combinação da variante XE, mas com mutações diferentes. Quando uma mistura ou recombinação de material genético de duas ou mais linhagens e sublinhagens ocorre, a cepa resultante é chamada de variante recombinante. Para que isso aconteça, é necessário que uma pessoa contraia pelo menos duas linhagens ao mesmo tempo e que o evento de recombinação ocorra, algo mais difícil de acontecer, mas que se torna possível diante da alta circulação de variantes da Covid-19.
Por definição, a recombinante também é uma variante, já que a recombinação é um tipo de mutação. Até o momento, múltiplas variantes recombinantes foram detectadas em circulação no mundo, sobretudo na Europa, podendo ser reconhecidas pela letra X em seu nome, como XD, XE e XQ. As linhagens recombinantes mais recentes vão de XD, mais popularmente conhecida como Deltacron, seguindo em ordem alfabética até XW.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim desta terça-feira
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