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Saúde: profissionais apontam problema de gestão como entrave

8 de junho de 2011 - 17:32

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Representantes de diversas entidades ligadas à saúde participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, nesta quarta-feira, para debater a falta de profissionais e as condições precárias na rede municipal. A ausência de uma gestão eficiente foi o maior problema apontado pelos participantes.

A comissão convidou o secretário municipal de Saúde, Januario Montone, mas ele não compareceu. De acordo com a vereadora Juliana Cardoso (PT), presidente do colegiado, a audiência desta quarta foi apenas a primeira de muitas outras que serão realizadas para tratar do assunto. “Precisamos desmistificar o que a secretaria vem dizendo (sobre a falta de recursos humanos) para justificar situação precária”, disse ela.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Trabalho de São Paulo, Renato Azevedo Júnior, foi um dos que atribuíram as deficiências na rede municipal de saúde a problemas de gestão.

“São Paulo tem cerca de 4,4 médicos para cada mil habitantes. Estamos à frente de países desenvolvidos, como a Bélgica. No entanto, a situação é precária na cidade, não por falta de profissionais, mas sim pela ausência de políticas de gestão. O médico só vai se fixar em um local se tiver o mínimo de recurso para poder dar um bom atendimento ao paciente. Outro problema é que os médicos não têm um plano de carreira, afirmou.

A posição de Júnior foi endossada pelo presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Cavalhaes. “O problema de gestão é sério, e se agrava por falta de vontade política e de capacitação dos gestores. Temos exemplo de serviços de excelência no Acre, onde os médicos recebem cerca de R$ 18 mil. Aqui, há salários de R$ 1 mil”, disse.

Cavalhaes ainda alegou que a Prefeitura e o governo estadual culpam os médicos pela situação para fugirem de suas responsabilidades. “Como os profissionais vão trabalhar em locais que não oferecem infraestrutura para atendimento e nem mesmo segurança?”, concluiu. 

O Conselho Municipal de Saúde também alegou que a falta de financiamento e de um plano de carreira, além da atual gestão, têm sido os entraves para o setor. “Uma das soluções para tentar melhorar a saúde é o controle social. O cidadão paga imposto e tem todo o direito de fiscalizar e cobrar pelo o que é de seu direito”, afirmou o coordenador da entidade, Frederico Lima.

(08/06/2011 – 17h33) 

 

 

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