A Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres reuniu diversas entidades e movimentos de feministas nesta terça-feira (09/12), no Salão Nobre da Câmara Municipal, para realizar um balaço das atividades realizadas em 2014 e apresentar as perspectivas para 2015.
Criada em 2013 pelo prefeito Fernando Haddad, o objetivo da secretaria é formular, coordenar e executar políticas, além de atuar nos programas de governo para a promoção dos direitos das mulheres.
De acordo com a secretária, Denise Motta Dau, neste segundo ano a pasta consolidou sua fase de estruturação e de ampliação dos serviços de atendimento às mulheres, como a construção dos CRMs (Centros de Referência da Mulher), que atendem as áreas social, psicológica e judicial, e a implantação de projetos de autonomia econômica para garantir trabalho e renda às mulheres.
Entre os diversos projetos previstos para 2015, Denise destacou a ampliação do atendimento e combate à violência, como a construção de novos CRMs e uma Casa Abrigo, cujo endereço será sigiloso. “São novos serviços que vêm fortalecer a rede de enfrentamento à violência contra a mulher. Além disso, haverá a ampliação dos projetos na área da autonomia econômica para essas mulheres”, disse Denise.
Outras grandes expectativas da Secretaria para o próximo ano são as conferências de políticas para as mulheres, como a 5ª edição municipal e a 4ª edição estadual e nacional, além da implantação de um Conselho Municipal de Políticas para as Mulheres.
A vereadora Juliana Cardoso (PT) ressaltou que mesmo com os desafios de implantação, a pasta conseguiu consolidar suas atividades através da organização e da articulação. “Eu acho que nesses 17 meses ela conseguiu mostrar trabalho, como foram colocadas aqui as diversas atividades políticas. Agora, tudo que é novo demora ter aceitação do cidadão, mas quando ela consegue mostrar ao que veio, a sociedade começa a aderir”, disse.
Para a representante do movimento da Marcha das Mulheres Nalu Faria, apesar de todo trabalho que a secretaria vem desenvolvendo ainda é preciso maior incorporação das políticas feministas em todo plano de governo. “Isso coloca desafios muito grandes, por mais que as ações da secretaria sejam exemplares, tem esse trabalho a ser feito no conjunto do governo, e nós sabemos que é um processo que vai levar alguns anos. A gente não consegue de um ano para o outro mudar toda uma cultura, toda uma forma de gestão”, disse.