Animados jovens com deficiência auditiva da oitava série de nove escolas de São Paulo se reuniram na Câmara Municipal, no 1º Encontro dos Jovens Alunos Surdos, na manhã desta segunda-feira (15/09). O evento, realizado na Sala Sérgio Vieira de Melo, foi promovido pela Associação dos Surdos de São Paulo em parceria com o gabinete da vereadora Mara Gabrilli (PSDB).O evento, todo ele interpretado em língua de sinais, discutiu a consolidação da identidade surda e a ampliação dos direitos dos deficientes auditivos, sobretudo o conceito de acessibilidade.Durante o evento, o secretário-adjunto da Secretaria Municipal das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Roberto Beleza, explicou o projeto piloto de Central de Libras da Prefeitura Municipal de São Paulo. As repartições municipais disporão de um computador com webcam pelo qual um tradutor por videoconferência interpretará em língua de sinais a linguagem do funcionário que estiver atendendo o ouvinte. Este sistema está em teste e sendo aprimorado, mas logo mais estará disponível para vocês, esclareceu o secretário aos presentes. Estes pontos estarão operando inicialmente em 30 unidades básicas de saúde (UBSs), 11 hospitais, 20 bibliotecas, 118 telecentros, 54 AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), entre outros serviços da Prefeitura. As centrais de libras, que funcionarão das 8 às 18 horas em tempo real, ainda estão passando por alguns reparos técnicos na PRODAM (Empresa Municipal de Tecnologia da Informação e Comunicação). O secretário também respondeu às dúvidas dos jovens, como, por exemplo, uma questão relacionada ao atendimento nas UBSs de deficientes auditivos que não conhecem a língua de sinais ou libras. Fica muito difícil nós treinarmos um profissional de uma forma ampla. Podemos até ter um ou outro profissional que tenha essa experiência, mas é difícil, respondeu Beleza.
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