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Secretário estadual defende mais fiscalização sobre Eletropaulo

20 de outubro de 2011 - 14:37

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O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, avaliou como “de má qualidade” os serviços que a Eletropaulo tem prestado na cidade nos últimos anos. Em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o cumprimento das obrigações da concessionária com o município, Aníbal afirmou que sua pasta tem trabalhado para que no próximo verão ocorram menos interrupções no fornecimento de energia que no último.

“É aceitável que tenham interrupções, mas não com tanta frequência nem períodos tão longos”, disse o secretário. Entre as iniciativas recentes, estão a inauguração em novembro de uma nova subestação e melhorias na conexão para aliviar a carga do sistema e redistribui-la em caso de falhas.

Além disso, com a criação de sua pasta, no início do ano, José Aníbal acredita que é possível reforçar a fiscalização sobre a Eletropaulo — uma das falhas diagnosticadas na relação entre a concessionária e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para o secretário, seria preciso que a Arcesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia), conveniada da Aneel em São Paulo, aumentasse de 12 para 50 os fiscais e aplicasse mais multas.

“A fiscalização frouxa fez com que, nos últimos quatro anos, a Eletropaulo priorizasse os lucros em detrimento da qualidade”, criticou José Aníbal. A concessionária, que segundo ele lucrou R$ 712 milhões em 2007, terminou 2010 com saldo positivo de R$ 1,347 bilhão.

DÍVIDA COM A PREFEITURA
Nesta quinta-feira, os vereadores também receberam Sérgio Dias, assessor técnico da Secretaria Municipal de Planejamento, para que ele prestasse esclarecimentos sobre a negociação da dívida que a Prefeitura tem com a Eletropaulo. Segundo o presidente da CPI, vereador Donato (PT), os parlamentares estudam se houve ilegalidade no acordo de confissão de dívida assinado pelo Executivo. 

Há uma questão jurídica, que os vereadores Aurélio Miguel e Quito Formiga (ambos do PR) estão estudando, que é se existia a necessidade deste acordo ter autorização legislativa para ser firmado, explicou Donato.

(20/10/2011 – 14h40)

 

 

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