Luiz França/CMSP
O gerente de logística integrada da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), Raul Shiguemitsu Sunao, afirmou que a capital paulista está entre as capitais brasileiras com menor variação de tarifa de ônibus no período entre 2006 a 2013.
De acordo com ele, Belém (PA), por exemplo, teve uma variação de 93%, enquanto a variação da tarifa em São Paulo foi de 54%. No ranking das capitais brasileiras em termos de variação da tarifa estamos entre 21º e 25º lugar das que menos variaram suas tarifas, garantiu Sunao, durante seu depoimento nesta quinta-feira (15) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo da Câmara Municipal.
Em relação ao reajuste da tarifa, Sunao explicou que esses aumentos estão previstos no contrato de concessão. O cálculo utiliza uma fórmula paramétrica, levando em consideração mão de obra, combustível, veículo e o índice de inflação. Se analisamos cada item, percebemos que houve uma evolução nos valores, sinalizou o gerente da EMTU.
Funcionamento
A capital paulista tem, atualmente, 335 linhas intermunicipais operando na cidade. A situação, de acordo com Milton Leite (DEM), seria um dos problemas do transporte público. As linhas ficam transportando aqui (em São Paulo), utilizando o nosso sistema e não pagam os subsídios para a Prefeitura. Os empresários dos outros municípios acabam ficando com o valor cheio da tarifa, sinalizou Leite.
O presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT), ainda questionou o gerente da EMTU em relação a integração entre os municípios. Por exemplo, se eu pego o ônibus em Santo André eu pago R$ 3,10. Se pego outro ônibus aqui em São Paulo, não pagaria nada, pela integração. Mas como funciona, para quem vão os recursos?.
Em resposta aos parlamentares, Sunao explicou que a divisão da tarifa quando há uma integração é de 55% para a SPTrans e 45% para a EMTU. Realmente não pagamos subsídios para a Prefeitura, mas também não recebemos nada de recursos, mesmo transportando pessoas de São Paulo também, esclareceu Sunao, que ainda revelou que o TIR (Taxa Interna de Retorno) das empresas é de 14% e o lucro líquido é de 3% do valor total.
Manutenção responde por 40% do custo de operação
O gerente do metrô, José Carlos Baptista do Nascimento, afirmou nesta quinta-feira (15) que a manutenção compromete 40% do custo de operação da companhia. No entanto, esses gastos, segundo ele, não impactam no custo da tarifa.
Durante o depoimento do gerente do metrô à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo da Câmara Municipal, Nascimento ainda explicou que todo o custo de operação do metrô levando em considerações itens como manutenção e salários dos mais de nove mil funcionários representa 80% dos gastos da companhia. (Kátia Kazedani)
– CPI do Transporte ouvirá empresas que operam Bilhete Único
(15/8/2013 – 10h57 – atualizada às 15h04)