A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Paulo recebeu, em reunião extraordinária nesta terça-feira (16/06), o secretário municipal em exercício do Verde e do Meio Ambiente, Hélio Neves, para explicar o impacto ambiental das obras de adequação viária da Marginal Tietê iniciadas pelo Governo do Estado.
As obras, orçadas em R$ 1 bilhão e 300 milhões, preveem a construção de uma pista auxiliar para desafogar o tráfego, além de viadutos, pontes, pontilhões e do Parque Linear da Várzea do Tietê (de Ermelino Matarazzo até Salesópolis). A instalação das obras recebeu o alvará de licença ambiental da Câmara Técnica do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Neves veio detalhar as medidas de compensação ambiental realizadas pela Secretaria, junto com a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e com a DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A., gestora da obra), para se contrapor ao impacto negativo da intervenção. 550 árvores, por exemplo, foram autorizadas para corte. “A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e a DERSA se comprometeram a executar o plantio de 83 mil árvores, tanto na Marginal quanto no entorno. Terão de ser feitas em áreas públicas e os parques lineares serão priorizados para esse plantio”, esclareceu. “Mas qualquer perda de permeabilidade é ruim”, admitiu.
O vereador Aurélio Miguel (PR) entende que a melhor solução para desapertar o tráfego na Marginal é a conclusão do Trecho Norte do Rodoanel. Acredita que o impacto ambiental disso seria menor. “Se eu fosse da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, eu indicaria que fossem finalizadas primeiro as obras do Rodoanel e depois, se não desse vazão, eu faria na Marginal”, reclamou. “É uma vergonha ter tão poucas áreas verdes na cidade”, complementou, exibindo imagem do satélite retratando as poucas áreas com vegetação no Município.
“Qualquer obra, em qualquer cidade do mundo, causa um transtorno e gera um custo. Do ponto de vista do meio ambiente, há um impacto econômico-financeiro, pela perda da atividade econômica do entorno, dificuldades eventuais de logística, danos à saúde etc.”, comentou o vereador Floriano Pesaro (PSDB).
“Será uma obra executada num tempo bastante curto, o que deve constituir um mínimo de transtorno. Toda compensação ambiental será executada antes da conclusão dela. Esperamos que a obra, ao diminuir o trânsito, somada às outras intervenções, como a ampliação do metrô, traga uma redução das poluições ambiental e sonora”, disse o secretário.
Acompanharam a intervenção do secretário em exercício, Hélio Neves, os vereadores Wadih Mutran (PP), presidente da Comissão; Donato (PT), vice-presidente; Arselino Tatto (PT); Aurélio Miguel; Floriano Pesaro; Juscelino Gadelha (PSDB); Roberto Trípoli (PV); e Gilson Barreto (PSDB).
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