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Segurança Pública é assunto de destaque na Câmara

Por: MARCO ANTONIO CALEJO - DA REDAÇÃO

16 de agosto de 2018 - 20:37

A Câmara Municipal de São Paulo abriu espaço para discutir a segurança pública. O assunto foi tema de Audiência Pública, nesta quinta feira (16/8), no Plenário da Casa Legislativa. A intenção do Governo do Estado de transferir a Polícia Civil da Secretaria de Segurança Pública para a pasta de Justiça foi o principal tema do debate.

A reunião foi sugerida pelo vereador Reis (PT), presidente da Comissão de Segurança Pública. O parlamentar explicou que o conteúdo do encontro será encaminhado para o governador e para o secretário de Segurança, para que o debate seja estendido à Assembleia.

“Muitas pessoas não sabem o que está acontecendo. Isso não pode ser assunto de bastidores. A questão da Segurança Pública é da sociedade, é da população de São Paulo como um todo. Neste quesito a Câmara saiu à frente, chamou a Audiência e promoveu o debate”, disse Reis.

O encontro contou com a presença de diversos representantes da Polícia Civil. Raquel Kobashi, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, disse que com “esta mudança da Polícia Civil da Secretaria de Segurança Pública para a Secretaria de Justiça não só estaremos andando na vanguarda, como também estaremos condizentes com as nossas atribuições e obrigações legais e constitucionais”, afirmou Raquel.

Gustavo Mesquita, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado, vê com bons olhos esta eventual troca de pasta. De acordo com ele, a mudança vai melhorar as gestões orçamentária e administrativa, além de beneficiar o planejamento das ações da Polícia Civil.

“A maior proximidade da Polícia Civil com os órgãos de defesa da cidadania, de melhorias, de direitos humanos, que são órgãos ligados a Secretaria de Justiça, aproximaria a Polícia Civil da sua vocação”, ressaltou Gustavo.

O delegado de polícia Arnaldo Rocha Júnior também concorda com a mudança de Secretarias. Ele disse que “não se trata de algo específico para uma classe da Polícia Civil. Mais do que beneficiar os policiais civis, é um benefício para toda a sociedade, para toda a população”.

Representando a Associação dos Papiloscopistas do Estado de São Paulo, Maria Nazarena Santos sugeriu mais debates sobre o assunto. “Vamos discutir o tema. Eu acho de suma importância para nós policiais, para que possamos chegar a um denominador, porque vai ser bom para todos”.

Em nome dos escrivães de polícia do Estado, João Xavier Fernandes também é a favor de promover mais discussões. “Não é em uma Audiência Pública de três horas que vamos aprender sobre Segurança Pública. A sociedade tem que ser ouvida”.

Agnaldo Luzia é investigador de polícia há 32 anos. Ele cobrou mais transparência das autoridades. “Nós, que colocamos a mão na massa, temos que saber o que está ocorrendo, porque fazemos parte desta instituição”.

Também participaram da Audiência Pública os vereadores Conte Lopes (PP), Amauri da Silva (PSC) e Adriana Ramalho (PSDB). A parlamentar, vice-presidente da Comissão, sugeriu que o conteúdo do debate seja “encaminhado para todos os gabinetes aqui desta Casa, para que todos os vereadores possam tomar ciência”, completou Adriana.

O vereador Amauri da Silva, que também é membro da GCM (Guarda Civil Metropolitana), disse que “estamos aqui, hoje, na Comissão de Segurança, lutando pela segurança do povo. Para isso, precisamos de uma Polícia Civil forte, Polícia Militar forte e Guarda Civil forte”.

No fim da Audiência Pública, o parlamentar Conte Lopes também falou sobre o debate ocorrido e de segurança. “Nós só vamos combater o crime quando tivermos uma polícia forte, eficaz. A polícia tem de ser valorizada”, disse Lopes.

 

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