pixel facebook Pular para o conteúdo Pular para o rodapé Pular para o topo
Este é um espaço de livre manifestação. É dedicado apenas para comentários e opiniões sobre as matérias do Portal da Câmara. Sua contribuição será registrada desde que esteja em acordo com nossas regras de boa convivência digital e políticas de privacidade.
Nesse espaço não há respostas - somente comentários. Em caso de dúvidas, reclamações ou manifestações que necessitem de respostas clique aqui e fale com a Ouvidoria da Câmara Municipal de São Paulo.

​Sem movimentos sociais, Audiência debate substitutivo do PL de concessões

16 de setembro de 2017 - 19:41

 

André Bueno/CMSP

Audiência não contou com a presença de movimentos sociais

FELIPE BROSCO
DA TV CÂMARA 

A Comissão de Administração Pública da Câmara Municipal de São Paulo realizou neste sábado (16/9) uma Audiência Pública para discutir o Projeto de Lei (PL) 367/2017, do Executivo, que trata do PMD (Plano Municipal de Desestatização). Os movimentos sociais que ocuparam o Plenário em agosto e condicionaram a saída a novas audiências não compareceram ao debate.

O Projeto prevê um pacote de concessões de equipamentos e serviços municipais que serão destinados à iniciativa privada, o que pode gerar uma receita de até R$ 5 bilhões aos cofres municipais. A ideia é investir esse dinheiro em áreas como saúde, educação, segurança e mobilidade.

Na Audiência deste sábado, o secretário municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit, apresentou os principais pontos do Substitutivo ao PL 367, que exclui os itens que tratam do sistema de compartilhamento de bicicletas e da concessão do mobiliário urbano. O Substitutivo também traz garantias para os usuários, como o recebimento do serviço adequado, acesso à informação e liberdade de escolha entre prestadores.

“Incluímos diversas contribuições feitas pelos vereadores, pelo público presente, por associações de classe, por permissionários de mercados, de parques municipais, enriquecendo o projeto, trazendo garantias”, disse Poit.

Na opinião do vereador Donato (PT), o Substitutivo continua genérico. “Ele não estabelece o prazo das concessões. Então é um problema de princípio, porque ele junta várias concessões no mesmo Projeto de Lei, não estabelece prazo, não tem os estudos porque eles ainda estão sendo realizados e são muito preliminares. Portanto, a gente continua achando que mesmo com esse Substitutivo é um cheque em branco para o Executivo, que vai poder fazer o que quiser”, disse.

A vereadora Janaína Lima (NOVO) criticou a ausência dos manifestantes ligados a grupos sociais e estudantis, que ocuparam o plenário da Câmara em agosto. Uma das condições para a desocupação foi justamente a realização de novas audiências para tratar do PMD.

“É lamentável porque foi exatamente a condicionante que eles exigiram para desocuparem o Plenário”, disse a vereadora. “Esperávamos que inclusive eles trouxessem os pontos que discordam, que avaliassem as melhorias que o Projeto já teve. Essas pessoas bradaram para ter essa Audiência, mas não vieram ocupar democraticamente o espaço público”, afirmou.

O pesquisador em Mobilidade Urbana do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Rafael Calábria, que acompanhou a Audiência, acha que o PL ainda não avançou o suficiente.

“A concessão é uma forma de administração que a empresa vai gerir. Só que ela tem de ter diretrizes que a sociedade entenda boas para aquele equipamento, para que ela melhore o atendimento. Às vezes tem uma concessão que não tem diretrizes do que precisa ser colocado. E a empresa não coloca porque não foi obrigada”.

O vereador Toninho Paiva (PR), presidente da Comissão de Administração Pública, diz que o objetivo é ter uma cidade melhor. “Para que a gente tenha uma educação prioritária que, infelizmente, estamos devendo. O que se vai economizar em vários locais, seja em mercados, parques (…), que possa realmente ser aplicado onde a população merece”, disse.

O PL 367 já foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo e ainda precisa passar por uma segunda votação antes de ir para a sanção do prefeito João Doria (PSDB).

Outras notícias relacionadas

Ícone de acessibilidade

Configuração de acessibilidade

Habilitar alto contraste:

Tamanho da fonte:

100%

Orientação de acessibilidade:

Acessar a página Voltar