A dependência de drogas lícitas e ilícitas é um tema complexo em todas as faixas etárias e para os idosos não é diferente. O seminário Qualidade de vida para um envelhecimento saudável, promovido pelo vereador José Américo (PT) e realizado nesta segunda-feira (03/11) no auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, abordou o tema de forma mais específica e buscou desmistificar algumas situações.
Existem alguns mitos entre as pessoas que estão na terceira idade, por exemplo, o de que não existe risco de dependência química nesta fase. Isso é um erro, apontou a médica generalista Silvana Lúcia Magalhães do Nascimento, que abordou o tema.
A especialista afirmou que há uma tendência de crescimento no número de idosos dependentes químicos e acredita que o seio familiar pode ser preponderante para este quadro. Os idosos que se sentem sós por estarem fora do convívio familiar, e de certa forma já possuem alguma instabilidade, fazem uso de maconha, crack e, principalmente, de álcool, alertou a médica, que também apontou forte dependência no uso de medicamentos como dipirona (utilizado no tratamento de dor e febre) e diazepan (relaxante muscular).
O seminário tratou ainda de explicar aos participantes os principais tópicos do Estatuto do Idoso, ponto abordado pela assistente social da Unidade Básica de Saúde (UBS) República, Conceição de Jesus Pereira Garanito, e o uso racional da água, que ficou a cargo da agente de promoção ambiental Aline Gil Zappia Queiróz.
Neste momento em que vivemos a fundo este problema, minha tarefa foi promover entre os idosos práticas de economia de água e conscientizá-los cada vez mais. Alguns deles me contaram que tomam banho com um balde debaixo do chuveiro e reutilizam o conteúdo na limpeza do chão, por exemplo, essa já é uma ação interessante praticada por eles, revelou Aline.
(03/11/2014 16h47)