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Seminário busca apontar propostas para o fim das enchentes

12 de novembro de 2012 - 12:11

RenattodSousa
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O seminário “Ocupação Urbana e Macrodrenagem – Desafios e Perspectivas”, realizado nesta segunda-feira, reuniu especialistas da Câmara Municipal e de outras instituições para discutir soluções para as enchentes na cidade de São Paulo.

O evento teve início com o painel de Carlos Alberto La Selva, diretor de engenharia e obras do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Governo do Estado, que apresentou a atual situação da permeabilidade do solo no município, e o que o Executivo pretende fazer para melhorar a drenagem na cidade.

O diretor do DAEE centrou sua fala nos projetos em execução no Tietê, que envolvem tanto a ampliação da calha do rio quanto a construção de novas barragens. Segundo ele, os problemas atuais são fruto da retificação que foi feita anos atrás, quando a mentalidade da administração pública era outra. Todo o volume que antes era represado nos meandros do rio passa por uma calha que ficou muito estreita, observou.

Sobre a poluição do rio, outro agravante nas enchentes, ele disse que a situação é mais complexa do que a retirada de lixo. Já resolvemos grande parte, o problema hoje são os efluentes. Só entre a barragem do Paraitinga e o rio Pinheiros são 79, trazendo lixo e esgoto, afirmou. Você nunca viu ninguém jogar um saco de lixo no Tietê, ele vem dos córregos com ocupações irregulares, completou, citando a remoção diária de 500 toneladas de resíduos.

Para La Selva, uma grande melhoria será a implantação completa do Parque Várzeas do Tietê. Atualmente na sua primeira fase de construção, ele deverá estar completo em 2020. Isso é muito mais importante do que qualquer piscinão. Vamos preservar várzeas e desassorear para que possa o rio fazer sua drenagem natural e segurar água, explicou.

Sobre os piscinões, Carlos Alberto defendeu sua eficácia e disse que novos reservatórios serão construídos através da primeira Parceria Público-Privada no setor. Faremos 22 novos reservatórios, o desassoreamento de 45, além da criação de um centro de controle, anunciou. Entretanto, ele lembrou que, além de serem caros, há poucas áreas livres na cidade de São Paulo para isso.

O presidente da Câmara Municipal, José Police Neto (PSD), participou do seminário e disse que a permeabilidade do solo será um tema fundamental na revisão do Plano Diretor, que terá início no ano que vem. Precisamos buscar o equilíbrio no uso e ocupação do solo para controlar a impermeabilidade. Isso também é uma forma de a cidade servir ao maior número de pessoas, disse, lembrando que, ao mesmo tempo em que os paulistanos sofrem com as enchentes, há também a iminência de uma crise no abastecimento de água.

O seminário Ocupação Urbana e Macrodrenagem – Desafios e Perspectivas foi organizado pela Consultoria Técnica de Urbanismo e Meio Ambiente, em parceria com a Escola do Parlamento.

(12/11/2012 – 12h11)

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