Especialistas afirmaram nesta sexta-feira, durante seminário realizado na Câmara Municipal para discutir a inclusão social de pessoas com síndrome de Down, que é fundamental estimular as pessoas com essa condição a desenvolver atividades sociais e profissionais.
O debate foi uma iniciativa do vereador Paulo Fiorilo (PT) e do deputado estadual Marco Aurélio (PT). Para os parlamentares, eventos do tipo são fundamentais para quem pretende formular políticas públicas. O debate nos ajuda a pensar de que maneira podemos contribuir e também pensarmos juntamente, já que aqui estamos reunidos com representantes da sociedade, Legislativo e Executivo, em políticas públicas para avançarmos, afirmou Fiorilo.
Embora estejam cada vez mais integradas na sociedade, as pessoas com síndrome de Down ainda enfrentam dificuldades, principalmente para entrar no mercado de trabalho. A gente entende que, para de fato haver a inclusão, é preciso mudar o ambiente, acredita Liliane Liliane Garcez, assessora da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. Não adianta ele entrar no trabalho e o ambiente permanecer igual, como senão houvesse uma pessoa nova.
Segundo a diretora da organização S.O.S Down, Sonia Casarin, ao contrário do que acredita o senso comum, pessoas com a condição podem viver uma vida praticamente normal se forem educadas e tratadas corretamente. Sonia acha que o preconceito é fruto da desinformação. O grande erro é que alguns acham que ter síndrome de Down é ter limitações, e não é isso. Os familiares e amigos precisam estimular e possibilitar quem tem essa condição a fazer diversas atividades cotidianas, porque elas podem trabalhar, namorar, casar e ter uma vida social normal, disse a psicóloga.
Essa foi uma das muitas descobertas da advogada Maria Parecida da Silva Cabral, que tem um sobrinho com a síndrome. Ela diz que vai sempre a esse tipo de evento para saber mais sobre a condição. No começo foi um impacto para toda a família, mas decidimos entender o que era esse problema. Hoje o meu sobrinho faz tudo, é um adolescente como os outros, contou.
Já a educadora Valdirene Barbosa tem um aluno com síndrome de Down e participou do seminário para aprender mais sobre o assunto. As crianças especiais têm apenas um pouco mais de dificuldade para escrever e prestar atenção, mas isso é muito fácil de resolver quando as estimulamos e nos dedicamos, disse.
Propensão
O diretor do Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas (CEPEC), Zan Mustacchi, falou sobre sua experiência no atendimento às pessoas com a síndrome. Ele explicou alguns aspectos clínicos, como a maior propensão de mães muito jovens ou muito velhas a gerar filhos com síndrome de Down.
No Brasil temos 300 mil indivíduo com a doença e os casos estão aumentando porque as pessoas estão optando por ter filhos cada vez mais tarde, disse o médico.
Confira matéria da TV Câmara:
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(05/04/2013 18h41)