Professores, coordenadores pedagógicos e especialistas participaram nesta terça-feira (23/6) do seminário “Participação e Gestão Democrática nas Escolas”, que debateu modelos de participação na criação e gestão dos projetos político pedagógicos das escolas. O evento foi uma iniciativa do vereador Eliseu Gabriel (PSB).
Projetos político pedagógicos são diretrizes e objetivos do processo educativo que devem ser desenvolvidos na escola, atendendo às necessidades e expectativas da comunidade escolar. O supervisor escolar da rede municipal de ensino, professor Jamir Nogueira, acredita que poucas escolas desenvolvem esses projetos. “A construção depende de uma relação democrática no interior da escola, no reconhecimento do seu papel e no papel de cada um nesse processo, que integra educadores, pais e alunos da unidade. Então é algo a ser construído. É fundamental a existência e a consciência, se não fica algo sem muito sentido. O que pode gerar desinteresse, não aprendizagem”, disse.
Para o coordenador do GEPAE (Grupo de Pesquisa em Administração Escolar), Vitor Paro, é fundamental que a participação democrática dos pais na gestão dos planos pedagógicos seja efetiva. “Não podemos culpar e dizer que a escola não é boa porque os pais não participam. A escola não é boa porque não dá voz ao pai. Quem faz a escola é o Estado, o que o pai tem que participar é na fiscalização do papel do Estado. Não uma participação de pintar a escola ou fazer a festa junina, a participação do pai é na tomada de decisão. Então, eu procuro demonstrar que não apenas o pai tem direito à participação, mas que não existe boa escola sem a participação dos pais”, afirmou.
O vereador Eliseu Gabriel ressaltou que o encontro foi uma comemoração à promulgação da LEI 16.2013/2015, de sua autoria e dos vereadores Antonio Donato (PT), Carlos Neder (PT) e Claudinho de Souza (PSDB), sancionada pela prefeitura no ultimo dia (17/6). A lei trata da criação e funcionamento do Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola – CRECE. “Uma estratégia fundamental para educação para que tenhamos um trabalho adequado, para que os jovens cresçam e amadureçam, e para que a escola realmente cumpra sua função como educadora, que haja democracia e participação, mas uma participação organizada”, afirmou o parlamentar.
