A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta quinta-feira o seminário Telhado Verde em São Paulo. O evento contou com a presença de engenheiros e diversos empresários especializados no tema.
Telhados verdes são coberturas vegetais instaladas no topo de imóveis, transformando-os em jardins e até plantações. A iniciativa, pouco conhecida na capital paulistana, já foi adotada em edifícios como a sede da Prefeitura e o Conjunto Nacional, localizado na avenida Paulista.
Para Ricardo Cardim, da empresa SkyGarden Envec, os moradores de São Paulo pagam um preço alto por morar em um local tão verticalizado. A formação de ilhas de calor, segundo ele, é um dos efeitos da densidade das construções em São Paulo, e podem levar a uma diferença de até 12 graus entre regiões diversas. Esse problema poderia ser revertido com os telhados verdes, garante o empresário.
Essa é uma oportunidade única que temos de reequilibrar ecologicamente a cidade, afirmou Cardim , defendendo que os telhados verdes devolveriam à região parte da vegetação perdida com a urbanização, aumentando com isso a qualidade de vida dos moradores.
João Manuel Feijó, da empresa Ecotelhado, também defendeu os revestimentos vivos. Segundo ele, o telhado verde, além de ampliar a área útil do imóvel, serve como isolamento acústico e térmico. Em cidades quentes como Brasília, a iniciativa pode até tornar dispensável o ar-condicionado, disse Feijó.
O seminário Telhados Verdes em São Paulo foi organizado pela vereadora Sandra Tadeu (DEM), autora do Projeto de Lei 115, de 2009, que dispõe sobre a implantação de telhados verdes em novas construções de São Paulo.
Ela afirmou que cidades como San Francisco, nos Estados Unidos, e Tóquio, no Japão, possuem leis de incentivo fiscal que beneficiam imóveis com cobertura vegetal. Em São Paulo, somente o Executivo tem essa competência (de criar incentivos), mas acredito que o meu projeto possa chamar a atenção para a importância do tema.
O PL 115/2009 foi aprovado em primeira votação no ano passado.
(02/06/2011 14h33)